A foto de capa da edição de ontem do Jornal A Hora é apenas a ponta do iceberg de um problema crônico. O transporte coletivo – público ou privado – precisa de uma verdadeira quebra de paradigmas para sobreviver às baixas receitas de boa parte das empresas especializadas e, também, ao baixo faturamento das estações rodoviárias. A impressão é que o setor se acomodou e busca atingir mais resultados fazendo o “bê a bá” de sempre. Não se percebe grandes inovações no atendimento ao público, por exemplo, e tampouco são verificadas novidades que proporcionem boas e instigantes experiências aos passageiros. Enquanto isso, o setor automobilístico e as empresas de transportes individuais se movimentam com maior constância e, por consequência, diminuem cada vez mais o número de passageiros de ônibus Brasil afora.
Em âmbito regional, por exemplo, as principais rodoviárias passam por sérias dificuldades. Lajeado até se mantém com um saldo positivo no caixa, mas a duras penas. Em outras cidades, o drama é maior. E o modelo, reforço, segue o mesmo. Nos bastidores, já foi debatida a possibilidade de criar uma estação rodoviária regional em solo lajeadense, com pequenas unidades para embarque e desembarque nas demais cidades do Vale do Taquari. Mas a ideia tende a barrar em diversos entraves. Alguns justificáveis. Outros nem tanto. Entre as problemáticas poderia surgir até mesmo a vaidade que, por vezes, norteia a relação entre determinados municípios vizinhos. E não é fácil passar por cima disso. Muito pelo contrário. Mas, diante do quadro que se acometeu nesta semana em Estrela, algo precisa ser feito. E precisa ser algo nunca feito anteriormente. Aguardemos!
Tiro curto
– Em Estrela, o governo municipal reforça a divulgação do projeto GPS Rural, cujo objetivo é agilizar os deslocamentos da Brigada Militar, Corpo de Bombeiros, Samu, Polícia Civil e Defesa Civil às propriedades do interior.
– A vereadora Ana da Apama (MDB) apresentou duas emendas ao projeto da Guarda Civil Municipal de Lajeado. Em resumo, ela sugere a inclusão de cursos e ações para coibir os maus tratos aos animais e ao meio ambiente entre as funções atribuídas aos novos agentes, e também o uso de animais do canil para auxiliarem no trabalho desempenhado pelos guardas.
– Também em Lajeado, o vereador Isidoro Fornari (PP) apresenta projeto para “a proteção da pessoa idosa nos procedimentos de contratação de empréstimo consignado, de cartão de crédito consignado e de serviço cujo desconto incida sobre a folha de pagamento”. A medida apresenta uma série de critérios a serem seguidos pelas empresas ou instituições financeiras com sede no município.
– Por fim, a câmara de Lajeado possui diversos vereadores de olho na presidência em 2024. Como exemplos, Lorival Silveira (PP), Heitor Hoppe (PP), Alex Schmitt (PP) e Waldir Blau (MDB).
– Hoje, a partir das 9h, ocorre o Fórum Municipal do Turismo em Lajeado. O evento ocorre no Parque Histórico Municipal. Serão escolhidos os novos conselheiros e os indicados do Executivo.
– Prefeitos do G8 se reúnem nesta quinta-feira, em Sério. No encontro, eles recebem a visita de Cíntia Agostini, e a pauta é a apresentação da nova Área de Relacionamento da Univates.
– Em tempo, o Vale do Taquari possui mais de 350 mil moradores e conquistou apenas 350 votos com as duas propostas protocoladas no Programa Brasil Participativo, cujo objetivo é angariar sugestões para o Plano Plurianual (PPA) do governo federal. Foram 247 votos para o projeto da extensão da Ferrovia Norte/Sul até Passo Fundo, e 103 votos para a proposta de incentivo à produção de energia limpa a partir de dejetos de suínos/aves/bovinos.
Sem austeridade
Em Lajeado, a proposta – com emenda – de extinguir 14 cargos efetivos e comissionados foi desmantelada. Ao fim da votação no plenário, na terça-feira, a maioria no plenário aprovou a extinção de apenas dois cargos e a criação de duas novas funções. Além disso, aprovaram o aumento do salário dos Assessores de Plenário e Comissões (o valor passa de R$ 2,9 mil para 4,6 mil) por meio de uma emenda assinada por Lorival Silveira (PP), Marcos Schefer (MDB) e Vavá (MDB). Ou seja, os parlamentares (com exceção de Alex Schmitt) trocaram uma proposta de austeridade pelo desejo de gastar mais. E ainda avançaram com o debate sobre a criação de duas novas vagas para vereadores. Ou seja, poderemos ter 17 parlamentares a partir de 2025. Lembrando que cada um pode nomear até dois assessores.
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