Guardas Municipais armados em Lajeado

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Guardas Municipais armados em Lajeado

O projeto de lei para implantar Guarda Civil Municipal em Lajeado prevê o uso de armas de fogo por parte dos futuros agentes públicos. Os detalhes estão elencados com precisão no capítulo quatro do documento protocolado nessa semana na câmara de vereadores. Em primeiro lugar, a proposta deixa claro que qualquer integrante do agrupamento precisa passar por um treinamento específico para a habilitação legal. Além disso, os servidores serão submetidos a avaliações periódicas, no mínimo a cada dois anos, incluindo exames toxicológicos, “de forma a verificar a aptidão física e psíquica para o exercício da atividade”. E o PL cita as consequências das “lesões ou mortes”.

A proposta avaliada no parlamento autoriza não autoriza “disparos de advertência” e só permite o uso de armas contra pessoas em casos de “legítima defesa própria ou de outrem contra ameaça iminente de morte ou ferimento grave”, e também para “impedir crime que envolva séria ameaça à vida”. E, em caso de lesões ou mortes causadas pelos tiros, a orientação aos agentes é “facilitar a prestação de socorro”, “promover a correta preservação do local”, “comunicar imediatamente o fato ao superior”, além de outras ações mais protocolares. À Secretaria de Segurança Pública, cabe outros procedimentos, incluindo a investigação por parte da “Corregedoria Municipal da Guarda”.

Embora já debatida entre agentes do Executivo e do Legislativo, o uso de armas de fogo por parte dos futuros Guardas Civis Municipais ainda deve ser intensamente debatido no plenário da câmara e nas esquinas democráticas do Vale do Taquari. Afinal, a subjetividade dos critérios abre margem para diferentes abordagens e ações. E isso não costuma ser naturalmente aceito pela sociedade.

Leite recebe o livro do turismo no Vale

A visita de Eduardo Leite (PSDB) ao Vale do Taquari foi estratégia. Além de reaproximar o governador dos líderes locais, especialmente neste momento de reconstrução do plano de concessão das nossas rodovias estaduais, o chefe do Executivo estadual ouviu outras demandas urgentes e nem tão urgentes sobre a nossa região. E isso sempre tem um peso maior quando ocorre in loco, frente a frente, olho no olho. Por fim, recebeu o livro Vale do Taquari – produzido pelo Grupo A Hora em parceria com a Amturvales – das mãos do prefeito de Arvorezinha, Jaime Borsatto (PP).

PT se reagrupa em Teutônia

O Partido dos Trabalhadores (PT) de Teutônia chamou a atenção em julho com o pedido de uma CPI para investigar a conduta do vereador Claudiomir de Souza (União Brasil), que era oposição ao governo. O movimento não foi adiante graças ao empenho da base do governo, que agiu para arquivar o processo. Mas o lampejo petista na cidade com forte origem germânica parece ter aguçado o apetite dos correligionários. Na quinta-feira, por exemplo, o PT local – que completou 43 anos em março passado – realizou uma calorosa recepção ao deputado federal, Elvino Bohn Gass. Também estavam presentes líderes partidários de Westfalia, Estrela, Fazenda Vilanova, Imigrante, Paverama, Bom Retiro do Sul, Cruzeiro do Sul, Encantado, Lajeado, Colinas e Poço das Antas.

Tiro curto

– Em Encantado, o evento de filiação do prefeito Jonas Calvi ao PSDB resultou em pelo menos 120 novos correligionários tucanos.
– Ex-governador do RS, Germano Rigotto será o palestrante da próxima reunião-almoço da Cacis. O evento ocorre no dia 16 de agosto, no Estrela Palace Hotel, e contou com a articulação da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat). O tema da palestra é a reforma tributária.
– Ex-vice prefeito de Estrela, Valmor Griebeler está muito próximo de deixar o PL e ingressar em uma nova sigla. Não será o PT, reforço. E o anúncio oficial pode ocorrer nas próximas horas. Griebeler já se declarou pré-candidato a prefeito.
– Em Taquari, o Sindicomerciários apresentou uma pesquisa própria sobre o trabalho aos domingos na cidade. E o resultado obtido por meio da enquete realizada via Whatsapp com os trabalhadores do comércio varejista apontou que 94,6% é contra trabalhar no último dia da semana.
– Aliás, o sindicato patronal que representa os municípios de Taquari, Tabaí, Paverama e Poço das Antas retirou a inclusão do trabalho aos domingos da negociação sobre a convenção coletiva.
– Em tempo, muito interessante o projeto “Patinhas que cuidam”, anunciado pela Secretaria de Meio Ambiente de Lajeado. A utilização de cachorros do canil municipal para terapia em lares de idosos, escolas, e entidades como a Apae tem tudo para dar certo. Aliás, é desta sensibilidade que muitos governos municipais carecem em determinados momentos.

Uma cidade moldada aos carros

A cidade de Lajeado, assim como a maioria dos municípios mundo afora, tem sido moldada para o bom fluxo dos veículos. E isso é natural. Não há de se encontrar culpados ou apontar erros históricos. É preciso, sim, repensar alguns conceitos e avaliar melhor as políticas públicas voltadas ao transporte público e, claro, à necessária vitalidade urbana nas vias e demais logradouros públicos. Em resumo, não podemos mais fechar os olhos para os diversos gargalos já presentes no trânsito lajeadense. E, acima de tudo, não podemos fechar os olhos para o risco constante que os pedestres enfrentam nas principais avenidas. É preciso uma reengenharia urgente.

 

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