Pretto Veículos, uma história de três gerações

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Pretto Veículos, uma história de três gerações

Idealizada pela tradicional família Pretto, concessionária da marca Chevrolet se aproxima dos 78 anos

Pretto Veículos, uma história de três gerações
Arlindo está com 75 anos e sempre trabalhou na Pretto Veículos (Foto: Diogo Fedrizzi)
Encantado

Desde criança, Arlindo Cezar Pretto alimentava o sonho de ser piloto de carros de corrida. A inspiração era o pai Alcides e o tio Argemiro, dupla conhecida no automobilismo nas décadas de 40 e 50, quando os circuitos de carreteiras atraíam desportistas de várias cidades do Estado a Encantado para as provas que cruzavam as estradas de chão batido pelos vales Taquari e Rio Pardo. “Eles chegaram a correr as Mil Milhas em São Paulo. A gente escutava pelo rádio”, lembra Arlindo, que disputou campeonatos no autódromo de Tarumã, na década de 70. “A primeira vez que corri foi com um Chevette. Larguei em 12º e cheguei em sexto. Fazia dupla com meu primo. Tivemos uma única vitória, mas realizei meu sonho”.

A paixão por automóveis está no sangue da família Pretto desde quando o avô João, que era natural de Bento Gonçalves e já havia trabalhado com ferraria, casa de comércio, serraria e caminhão nas regiões de Travesseiro, Coqueiro Baixo e Soledade, resolveu abrir uma revenda de carros em Encantado no dia 12 de outubro de 1945. “Recém havia terminado a guerra, já existia uma loja da Ford em Encantado e ele decidiu trazer a Chevrolet”, conta Arlindo.

Era o início da trajetória da Pretto Veículos, uma das mais conceituadas concessionárias do país, agraciada 21 vezes com o prêmio Classe A, concedido pela Chevrolet pelo atendimento, pós-venda e bom relacionamento. Prestes a comemorar 78 anos de fundação, além da matriz na Terra do Cristo Protetor, conta com unidades em Soledade, Guaporé e Veranópolis, além de uma locadora em Lajeado. No total são 80 colaboradores e cerca de 200 veículos no estoque, entre novos e seminovos, que atendem a uma lista de clientes de várias cidades gaúchas e de outros Estados. Arlindo e o irmão Rogério são os atuais administradores.

Quando Arlindo reprovou no vestibular em Porto Alegre, logo após concluir o ensino médio, o avô comemorou o insucesso do neto mais velho. “Ele disse: ‘ainda bem que tu rodou, vem trabalhar na Chevrolet.’ Comecei a vender carros com 15 anos e estou nessa rotina até hoje. Só trabalhei na Pretto”, diz Arlindo, que nos anos 70 voltou a estudar e formou-se no curso de Ciências Contábeis em Lajeado. O primeiro carro que negociou foi um jipe, para um cliente de Relvado. A chegada do Opala, no fim dos anos 60, ampliou a clientela. O campeão de vendas era o Chevette, porque era mais barato, e o de melhor rendimento era o Ômega. “Houve uma época em que a Pretto tinha a mais qualificada linha de veículos do país: Monza, Vectra e Ômega”, salienta.

Aos 75 anos, o empresário confessa ser apaixonado pelo que faz e traz na essência os ensinamentos do avô e do pai, em que a confiança é o segredo para garantir o sucesso e a longevidade da empresa. “Se você for fazer um negócio com alguém tem que ser sincero, nem que perca o negócio”. Ter persistência para superar as adversidades também é fundamental. “Um dia me queixei com meu pai que tinha muito problema. Ele me respondeu: ‘teus problemas vão terminar quando tu morrer, vai tocando'”. E, por fim, não perder o foco. “O pai sempre dizia: ‘primeiro a Pretto, depois tu'”.

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