Um Estado e suas regiões competitivos

Opinião

Ardêmio Heineck

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Empresário e consultor

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Um Estado e suas regiões competitivos

A Federasul, que representa 184 entidades empresariais, de todos os segmentos econômicos do Estado, aprovou quarta-feira o documento “Desafios na competitividade e qualidade de vida dos gaúchos”. Segundo seu presidente, Rodrigo Fernandes de Sousa Costa, o mesmo “pretende, pela apresentação de histórico, diagnósticos e cenários, embasar propostas, da entidade, de ações no presente, para uma visão inspiradora em 2035”, fruto de trabalhos promovidos no primeiro semestre deste ano. É embasado em debates em fóruns realizados pelo Estado, bem como em Seminários técnicos e palestras em reuniões almoço na entidade, com a contribuição de especialistas de diversos segmentos. Está dividido em cinco grandes blocos: “O momento gaúcho” (leva em conta o atual momento político–administrativo favorável do Estado, como ambiente de negócios), “O cenário mundial como janela de oportunidades para o RS”, “RS: oportunidades em 2023 com visão de 2035”, “Congresso estadual de infraestrutura e encontro de embaixadores: desafios e oportunidades” e, “Fóruns macrorregionais de 2023” (espelham as demandas emanadas das reuniões promovidas em cada uma das 9 macrorregiões, em que a Federasul divide o Estado).
Já na quinta da semana passada tivemos audiência pública da Comissão de Finanças, da Assembléia Legislativa, em Encantado, com coordenação local do Codevat, para escolher projetos estruturantes do Vale do Taquari que irão concorrer, com os de outras regiões, para inclusão no Plano Plurianual de investimentos que o governo federal encaminhará ao Congresso Nacional, até agosto. Coincide com o lançamento do PAC III, programa da União para financiamento de obras de infraestrutura. A duplicação da BR-386 entre Estrela a Tabaí, por exemplo, aconteceu graças a articulação regional que assegurou o dinheiro necessário quando lançado o PAC I, nos anos 2000.
Iniciativas como as da Federasul – em âmbito estadual, mas com subsídios para as demandas das regiões – mostram a importância de as entidades classistas serem protagonistas, inclusive junto aos governos, na construção de ambiente que favoreça a vida de todos futuramente, e não só da categoria que representam. Já a do Codevat, mostra a relevância da atuação conjunta das entidades de coordenação regional – políticas ou não –, na prospecção e concretização de oportunidades que viabilizem obras vitais ao futuro do Vale do Taquari. As boas condições regionais de que usufruímos hoje, em muito são legado da visão de futuro de gerações que nos antecederam. Resta fazermos o mesmo.

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