Espaço Flores.Ser, um ambiente de paz, amor e vida

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Espaço Flores.Ser, um ambiente de paz, amor e vida

Idealizado pela advogada Raquel Cadore, local oportuniza diferentes práticas para o desenvolvimento pessoal

Espaço Flores.Ser, um ambiente de paz, amor e vida
Além das atividades no Espaço, Raquel atua como mediadora judicial nos Fóruns de Encantado e Lajeado (Foto: Diogo Fedrizzi)
Encantado

Durante 22 anos, Raquel Cadore, 52, trabalhou como advogada em escritórios de Porto Alegre, Novo Hamburgo e Encantado, até decidir ressignificar a trajetória profissional. Casada com Ricardo Baldo, mãe de Gabriela e Antônio, a encantadense passou a infância e a adolescência no centro da cidade com os pais e os dois irmãos, Daniel e Rafael. O primeiro emprego foi na Imobiliária Conzatti, aos 14 anos.

Após concluir o ensino médio, cursou Direito na PUC da capital e formou-se em 1994. “Desde criança, eu sabia que seria advogada. Mas depois de um tempo não estava satisfeita com o resultado pessoal. Era uma atividade mecânica. Alguns clientes me diziam: ‘tu tem que brigar mais’. Aquilo me incomodava. Sempre achei que podia dar mais de mim. Então ressignifiquei o caminho do Direito na minha vida”, comenta.

Nesse contexto, especializou-se em mediação judicial e hoje atua nos Fóruns de Encantado e Lajeado. Também aprofundou os conhecimentos em práticas baseadas na justiça restaurativa, metodologia que desenvolve os círculos de construção de paz, atividades que priorizam o diálogo para resolver conflitos e que podem ser aplicadas, além do judiciário, em escolas e empresas. “São propostas inovadoras para Encantado. Você começa a mudar paradigmas na própria justiça. Encontrei vários aliados que acreditam nesse propósito. Ver as pessoas restaurando vínculos, conversando, se escutando, tendo um tempo para resolver algo que vai além do processo judicial, é muito gratificante”, observa.

A partir desse olhar e com o objetivo de expandir seu novo propósito de vida, em 2020, durante a pandemia, Raquel idealiza o Espaço Flores.Ser. Com apoio do irmão Daniel, que é psicólogo, a advogada transforma a antiga casa do avô, na esquina das ruas Coronel Sobral e Monsenhor Scalabrini, em um local que oportuniza meditação, estúdio de yoga, oficinas de teatro, mediações, entre outras atividades multidisciplinares.

Com Raquel e Daniel, mais três profissionais realizam os atendimentos internos: a psicopedagoga Diole Maisa de Siqueira, que trabalha emoções com crianças, a psicóloga Franciele Grzebielucka e a médica de saúde mental Bárbara Zen Fraga. “O Flores.Ser é a realização de um sonho construído com muito trabalho, fé e amorosidade”, conta Raquel, que ainda se emociona ao lembrar o irmão Rafael, falecido em 2017, vítima de acidente de motocicleta. “Foi um momento muito difícil para mim. Ele morava longe. Então, projetei esse local também como uma forma de expandir o amor que não consegui dar para ele”, revela. A principal sala que recebe os encontros e oficinas ganhou o nome de Rafael Cadore.

Além das atividades no Espaço, Raquel e equipe desenvolvem o Projeto Flores.Ser em escolas. “Trabalhamos com oficinas do ser com as crianças, com atendimentos e escutas dos professores, alunos e famílias”, explica. “Esse propósito não tem fim. Tem vários braços. Onde tiver espaço, a gente vai”.

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