Não sou do ramo, mas calculando por baixo imagino que no Brasil de hoje existem mais “otoridades” jurídicas do que eleitores. Dá a impressão que se chutar um paralelepípedo em uma rua qualquer vão surgir pareceres e decisões cada vez mais confusas e conflitantes, dos mais diferentes órgãos jurídicos criados em tempos recentes. Aí é como diz o meu Cumpadi Belarmino: se eu entendi bem, todo mundo manda e ninguém obedece!
Eu sou do tempo em que havia uma única “Justiça”, a sempre respeitável instância de primeiro grau, cujas decisões eram eventualmente reavaliadas parcialmente por tribunais regionais e quase sempre plenamente endossadas.
Hoje em dia parece que até isso está virando uma fuzarca.
Morte lenta
Sei lá por que cargas d´água acabei lembrando de um tradicional pontinho de lanches dos madrugadores da ¨city¨, o Morte Lenta.
O popular apelido acabou ¨pegando¨ em função dos tragotes meio exagerados de alguns freqüentadores, mas a bóia era boa e quebrava um galho danado quando o estômago roncava nos finais de noite.
CPMI 8 de janeiro
Bota no ar de uma vez com total transparência. Quem não deve não teme. Estranha situação em que acusados querem a abertura e acusadores querem o fechamento.
Imagino que muitas surpreendentes surpresas poderão surgir.
E o dever de casa?
O atual governo está reclamando do Banco Central que as taxas básicas de juros estão muito altas no Brasil. Mas a solução é simples: basta o governo parar de gastar mais do que tem e de disputar ¨o dinheiro¨ com o resto do mercado.
De um jeito ou de outro, é ¨sua excelência¨ o cidadão-eleitor-contribuinte quem vai acabar pagando o pato, seja lá o que a propaganda do governo o diga.