No atual cenário global, a queda na taxa de natalidade tem se tornado uma preocupação cada vez mais latente. A falta de vontade e desejo sexual desempenham um papel significativo nesta redução. Mudanças no estilo de vida, estresse, problemas de saúde e até mesmo a influência de fatores externos podem afetar a libido e diminuir o interesse por relacionamentos íntimos, na avaliação do Dr. Marcos Roher, especialista em reprodução humana do Centro de Reprodução Humana do Hospital Bruno Born. Ele trouxe à tona essa questão durante uma entrevista na rádio A Hora. Após participar de um congresso na Dinamarca, o médico expôs as principais causas dessa queda alarmante e destacou a importância de abordar tanto os problemas enfrentados pelos casais quanto a falta de vontade e desejo sexual. Segundo o Dr. Roher, nos últimos anos, a equipe do Centro de Reprodução Humana do Hospital Bruno Born tem se dedicado a auxiliar casais que enfrentam dificuldades para conceber. Desde sua instalação há cinco anos, o centro já atendeu mais de 3000 casais e ajudou a gerar mais de 250 crianças, oferecendo tratamentos personalizados e soluções avançadas em reprodução assistida. Diante desse cenário desafiador, o Centro de Reprodução Humana do Hospital Bruno Born tem investido em pesquisas, tecnologias e protocolos avançados para superar as barreiras que impedem a realização do sonho de ter filhos.
Crise demográfica
A preocupação com a queda na taxa de natalidade tem se espalhado além das fronteiras e tem chamado a atenção de países tanto na Ásia quanto na Europa. Em países como Japão, Coreia do Sul, Itália e Espanha, a baixa taxa de natalidade tem se tornado uma questão urgente. Com uma população em envelhecimento acelerado e uma diminuição significativa na quantidade de nascimentos, essas nações enfrentam desafios econômicos, sociais e culturais que impactam o seu futuro. O Japão é um dos países mais afetados pela crise demográfica. O governo tem implementado políticas de apoio à maternidade, como licenças maternidade mais longas, incentivos financeiros e medidas para melhorar o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Na Coreia do Sul, o governo tem adotado medidas para expandir os benefícios sociais para famílias com filhos, oferecer subsídios para casais jovens e melhorar a infraestrutura de cuidados infantis.
Vai estagnar
De acordo com projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira está prevista para estagnar até o ano de 2050. Os dados do Censo 2022, recentemente divulgados, revelam que a média de habitantes por residência no Brasil diminuiu de 3,30 em 2010 para 2,80 este ano. No Vale do Taquari, essa média baixou de 2,90 para 2,53 habitantes em cada residência, mantendo-se igual à média do estado.
Densidade
Em termos de densidade populacional, Lajeado ocupa a nona posição entre as cidades com maior densidade demográfica do estado, sendo a primeira fora da região metropolitana, com 1.026 moradores por quilômetro quadrado. Já a média no Vale do Taquari é de 75 moradores por km². Lajeado registrou o terceiro maior crescimento populacional do Rio Grande do Sul, ficando atrás apenas de Caxias do Sul e Canoas, segundo dados do Censo do IBGE.
Entre as menores
Por outro lado, entre as 10 cidades analisadas, quatro tiveram redução na população nos últimos anos. Coqueiro Baixo, no Vale do Taquari, é a terceira cidade com menor população no estado, contando atualmente com 1.290 habitantes. Das 36 cidades da região, 19 apresentaram uma redução populacional.