Início em até 30 dias. Esta é a projeção para que, enfim, a construção do novo prédio da Escola Estadual Carlos Fett Filho, no bairro Moinhos, saia do papel. Definida em março, por meio de processo licitatório, a empresa responsável começa a se organizar para executar a obra, aguardada há mais de uma década pela comunidade escolar.
Na tarde de terça-feira, 11, representantes da Grafite Construções, de Encantado, se reuniram com a direção da instituição de ensino. Na ocasião, os profissionais analisaram o terreno da escola, no local onde será erguida a edificação. Mesmo de férias, a diretora Eloísa Franz acompanhou a visita e demonstra otimismo com o andamento dos trâmites.
“O que nós temos de dados referente à obra é que a minuta do contrato está pronta e, nos próximos dias, deve ocorrer a assinatura. O pessoal da empresa mencionou que é muito provável o início das obras em 30 dias. Por isso, recebemos essa visita com muito entusiasmo e grande alegria”, salienta Eloísa.
A assinatura do contrato deve ocorrer em Porto Alegre. Mas a diretora destaca que a escola fará um evento para marcar o início dos trabalhos. “Esperamos por essa obra há mais de 13 anos e agora nós vimos que realmente ela vai se concretizar. É um sonho que a gente tem de ver esse novo bloco construído”, pontua.
O investimento total é de R$ 2,7 milhões, subsidiados pelo Estado. A projeção era dos trabalhos começarem de 45 a 60 dias após a definição da empresa. Porém, devido aos trâmites burocráticos, o prazo não foi cumprido.
Segundo a Coordenadoria Regional de Obras Públicas, o processo é feito em paralelo tanto pela Secretaria de Educação (Seduc) quanto pela Secretaria de Obras Públicas do RS. Atualmente, está no gabinete do Departamento Administrativo da Seduc para ornamentação.
Movimento
A situação da Carlos Fett Filho chamou atenção pelo fato de alunos utilizarem banheiro e refeitório em um espaço alugado no CTG Raízes do Sul, que fica ao lado da instituição. Isso ocorre porque o prédio antigo, onde esses espaços ficavam localizados, foi demolido em 2014.
Desde então, as promessas para a obra eram renovadas, mas sem grandes avanços. Cansados de esperarem por respostas, moradores e integrantes da comunidade escolar fizeram protestos para chamar atenção do Estado. Entre eles, Cândido Roberto dos Santos. Agora, com a obra mais perto de sair do papel, enfatiza a importância das mobilizações.
“Foi uma luta que deu resultado, pois agora vai sair o término da escola. Demorou 13 anos e, sendo bem honesto, só aconteceu porque a comunidade se uniu e envolveu com inteligência. Não adianta ir até lá e quebrar tudo. Tem que cobrar com inteligência”, frisa.
Apoio importante
Diante das críticas da comunidade, o Executivo de Lajeado também comprou a briga para viabilizar a obra. O vereador e engenheiro do setor de projetos do município, Isidoro Fornari lembra que o poder público municipal atuou no detalhamento orçamentário do projeto, tanto da parte elétrica como do PPCI.
“Nós tivemos envolvimento participamos para agilizar e viabilizar algumas coisas, mas o processo é do Estado. A execução é de competência exclusiva do governo estadual. Foi uma construção de muitas mãos e nunca desistimos. Agora, estamos felizes porque vai sair do papel”, comemora.
