“O sindicato faz parte da minha vida e sempre atuou na defesa da agricultura”

ABRE ASPAS

“O sindicato faz parte da minha vida e sempre atuou na defesa da agricultura”

Maria Lovani Ely, 71, é a atual presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Clara do Sul. Nos 30 anos da entidade, sempre participou de forma ativa em defesa de pautas importantes para a agricultura familiar e pequenos agricultores. Em agosto, ela participa pela sétima vez da Marcha das Margaridas, em Brasília

“O sindicato faz parte da minha vida e sempre atuou na defesa da agricultura”
Foto: Gabriel Santos

Como começou a relação com o movimento sindical?
Meu pai foi um grande líder e sempre se envolveu com a causa. Eu participo do sindicato desde o início dele, são mais de 30 anos de participação e cinco anos na presidência. Além disso, fui por 19 anos coordenadora regional do Movimento de Trabalhadoras Rurais. Também fui da diretoria da Fetag e com o passar dos anos entreguei estes cargos aos mais jovens, para outras lideranças pois acredito que nada é eterno e devemos repartir o conhecimento com os demais.

São cinco anos à frente da entidade, do STR, pretende continuar?
Nossa gestão encerra neste ano. Eu já estou com 71 anos e pretendo encerrar este ciclo e passar isso para novas lideranças e pessoas que entendem a importância do sindicato dentro da cidade e para os nossos agricultores. Minha gestão vai fechar um ciclo de cinco anos. Sem contar que são muitos anos à frente e participação. No meu entendimento é importante manter a entidade e não deixar apagada a história dentro do município.

Qual a importância da entidade para Santa Clara do Sul?
Santa Clara do Sul sempre foi e continua uma cidade muito forte no setor agropecuário. Muitas pessoas exercem essa atividade no campo. O sindicato sempre atuou na defesa destes agricultores, no encaminhamento de demandas importantes como o direito de aposentadoria, equivalência salarial entre homens e mulheres e nos benefícios dos agricultores.

E a Marcha das Margaridas em Brasília?
Eu fui em todas as edições, em Brasília. É um evento que reúne mais de 100 mil pessoas. Este ano pretendo ir, pois pretendo me afastar do movimento sindical. Talvez seja a última. É um momento de reunir trabalhadoras de todo o país em defesa dos direitos e políticas públicas. Neste ano é a sétima edição, que ocorre nos dias 15 e 16 de agosto.

Qual o objetivo da marcha?
É de lutar pelo aperfeiçoamento e consolidação das políticas públicas voltadas às mulheres do campo, desde a esfera municipal, estadual e federal. Aqui na região nosso grupo se mobiliza a cada quatro anos para acompanhar o movimento. Desde a primeira edição, em agosto de 2000, participamos de todas as edições.

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