Trajetória do Sicredi Região dos Vales preserva forte relação de confiança com associados

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Trajetória do Sicredi Região dos Vales preserva forte relação de confiança com associados

Ricardo Cé é o atual presidente da cooperativa de crédito que completou 41 anos de fundação no último domingo, 2

Trajetória do Sicredi Região dos Vales preserva forte relação de confiança com associados
Ricardo Cé é agrônomo de formação e lidera a cooperativa desde o início dos anos 2000 (Foto: Divulgação)

“Precisamos transformar nossas comunidades no melhor lugar do mundo para se viver”. A frase que Ricardo Cé, 63, ouviu de um amigo e colega agrônomo o acompanha diariamente na missão de liderar o Sicredi Região dos Vales, instituição financeira cooperativa que, no último dia 2, comemorou 41 anos de fundação. “Isso nunca saiu da minha cabeça. O Sicredi sempre trabalhou e vai continuar trabalhando para isso”, afirma Cé.

Atualmente, a cooperativa conta com mais de 80 mil associados, 260 colaboradores e 21 agências distribuídas em 18 municípios. Em 2022, o Sicredi atingiu a marca de R$ 1,4 bilhão em volume de crédito investido na região e, nos últimos cinco anos, compartilhou mais de R$ 130 milhões dos resultados com os associados. “Eu tenho muita gratidão pelo Sicredi. É uma construção de muita gente”, salienta o presidente, que está no cargo desde o início dos anos 2000.

Filho mais velho de Olvídeo e Isolde, Ricardo passou a infância no centro de Encantado ao lado dos irmãos Álvaro e Maria Rosa. Nesse período, além de conviver com os negócios da família no Moinho Brasil, lembra com carinho de aproveitar as férias na casa dos avós maternos, na localidade de Palmas, e de ouvir as histórias sobre empreendimentos e negócios contadas pelo avô paterno, Seu Guido, à época, proprietário da tradicional revenda de automóveis da marca Ford.

Apaixonado por futebol, aos 14 anos, Ricardo já treinava como zagueiro do elenco profissional do Esporte Clube Encantado. Em 1975, mudou-se para Porto Alegre para jogar nas categorias de base do Grêmio e cursar o ensino médio no Colégio Anchieta. “Eu morava na concentração do Estádio Olímpico”, lembra. Com a aprovação no vestibular para a faculdade de Agronomia, em Passo Fundo, ele preferiu se dedicar aos estudos até se formar em 1982.

E foi na faculdade que ele se aproximou dos temas ligados ao cooperativismo. “O início da década de 1980 foi muito rico na formação de cooperativas. Tive vários professores que eram do meio, trabalhavam nas áreas técnicas das cooperativas de produção da época”, lembra.

Ricardo tornou-se associado ainda quando a cooperativa chamava-se Credicrel, em 1985. Mais tarde, integrou a diretoria como vice-presidente de Gilberto Piccinini, até ser conduzido à presidência do Sicredi. “O Gilberto assumiu a Dália e eu fui naturalmente conduzido à vaga. A condição de ser presidente é muito mais uma construção de história dentro da cooperativa. Sempre acompanhei o negócio Sicredi”, comenta.

Um dos episódios que não lhe sai da memória foi quando o Banco do Brasil suspendeu de forma repentina o repasse de recursos ao Sicredi para o custeio agrícola. “Emprestamos dinheiro para os produtores um pouco mais caro e, mesmo assim, eles diziam que não iam abandonar o Sicredi. Eu almoçava na casa dessas pessoas. Hoje, elas me dizem: ‘te lembra, eu só tinha duas vaquinhas de leite?’ Foi uma relação de confiança muito grande. Tenho profundo respeito por esses associados”, revela.

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