Aplicação de Censo Animal retorna ao debate na câmara

POLÍTICA

Aplicação de Censo Animal retorna ao debate na câmara

Projeto deve ser avaliado para o orçamento de 2024. Para que saia do papel, será necessário investimento de cerca de R$ 300 mil

Aplicação de Censo Animal retorna ao debate na câmara
O requerimento da vereadora Ana da Apama (MDB). O objetivo é mapear a população de cães e gatos na cidade - foto: Arquivo A Hora
Lajeado

A proposta do novo Censo Animal volta a circular na câmara de vereadores. O requerimento de Ana da Apama (MDB) solicita que o Executivo inclua o processo no orçamento de 2024. O objetivo é mapear a população de cães e gatos na cidade, que servirá para embasar campanhas de vacinação e controle populacional.

Conforme a vereadora, o processo é importante para que se possa também controlar doenças zoonóticas, planejar ações de vacinação, investimentos em medicação, castrações e fiscalização de abandono e maus-tratos. “A pesquisa ajudará a identificar o perfil dos animais, condições de vida, para que o investimento na área possa ser mais assertivo”, completa.

O município oferece castração gratuita a animais com tutores inscritos no Cadastro Único. Hoje, são mais de 16 mil pessoas inscritas. A proposta de Ana é que o primeiro Censo possa ser executado em parceria com a Univates ou com os agentes de saúde do município.

Executivo

Conforme o titular da Secretaria do Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, Luis André Benoitt, o governo tentou fazer com que os animais também fossem contabilizados no recenseamento de 2022. A alternativa não foi aprovada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Outra tentativa foi por meio dos agentes de saúde. “Fizemos os formulários, e conforme as visitas eram realizadas, se contabilizava o número de animais. Em alguns bairros deu certo, mas em outros não. Então não tivemos um resultado efetivo”, completa.

Benoitt ressalta que o custo para tirar o Censo Animal do papel seria de cerca de R$ 300 mil. Para efetivar o projeto hoje, é necessário contratar uma empresa terceirizada que faça o trabalho. “E nós optamos em fazer a clínica veterinária ao invés do Censo, porque são custos parecidos”, explica o secretário.

Na última semana, a Clínica Veterinária Municipal, projeto que tem por objetivo permitir a ampliação no número de atendimentos clínicos e esterilização de cães e gatos, passou pela concretagem da laje. Para 2024, o projeto será atualizado, em conjunto com o prefeito, Marcelo Caumo.

Últimos dados

Uma reportagem do jornal A Hora de 2021, indica que dez anos antes o governo municipal promoveu a pesquisa, por meio do Centro de Controle de Zoonoses e Vetores. Na época, 4,4 mil famílias tinham animais domésticos em Lajeado. No total, foram contabilizados 7.451 cães e 2.278 gatos. Estes números não são oficiais, pois o estudo completo não foi localizado pela Secretaria do Meio Ambiente.

Para o Censo de 2021, o governo contou com o trabalho de agentes de saúde. Os profissionais visitaram famílias, contabilizaram o número de animais domésticos nas residências e aplicaram um questionário com os tutores.

Em âmbito nacional

O Projeto de Lei 1739/22 determina que o Censo Demográfico, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), inclua a contagem domiciliar de cães e gatos. O texto está em análise na Câmara dos Deputados.

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