Fundo mantém R$ 30 milhões para o setor leiteiro

Opinião

Felipe Neitzke

Felipe Neitzke

Coluna aborda os destaques relacionados ao agronegócio

Fundo mantém R$ 30 milhões para o setor leiteiro

 

Passou da hora de retomar o debate sobre o Fundoleite. Criado a partir do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite no RS, em 2013, está com as ações paralisadas desde 2015 e, hoje conta com cerca de R$ 30 milhões em caixa. Um dos líderes atuantes na época, o consultor de empresas Ardêmio Heineck, participou de vários movimentos e pesquisas para a qualificação dos produtores e incentivar a produção. O fundo surgiu com objetivo de promover a organização, o desenvolvimento e a competitividade do setor. Entre as medidas previstas, a qualificação do trabalho para assegurar a permanência do jovem no campo. A falta de suporte é algo que ficou evidente com dados apresentados pela Emater/RS-Ascar. Entre 2015 e 2021, a região perdeu mais de 2,3 mil produtores de leite. Famílias em pequenas propriedades que não encontraram na atividade um meio rentável e migraram de ramo. Com o valor disponível no fundo, captado das indústrias de laticínios, seria possível, por exemplo, aportar recursos e apoiar iniciativas como a da Escola Laticinista, prevista para ser lançada durante a Expointer. A iniciativa surgiu em Estrela e já conta com parceiros da região e pode ser um meio de incentivar a qualificação no setor.


Vencedores do Agronegócio

A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) está com inscrições abertas para o 11º Prêmio Vencedores do Agronegócio. O reconhecimento é para organizações dispostas em cinco categorias: ESG, Elas no Agro, Antes da Porteira, Dentro da Porteira e Depois da Porteira. Na edição do ano passado a Estrelat, agroindústria de produtos lácteos com sede em Estrela, venceu em três categorias. As inscrições devem ser feitas até 16 de julho. Já a divulgação e entrega dos prêmios ocorre dia 30 de agosto durante a Expointer.


Atenção ao cadastro rural

A consulta e a emissão do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), referente ao exercício de 2023, pode ser feita direto pelo site sncr.serpro.gov.br/ccir/emissao. O CCIR comprova a inscrição das propriedades e posses rurais junto ao Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR) – base de dados federal, gerenciada pelo Incra, com informações das áreas públicas e privadas.


Bioherbicida à base de erva-mate

A Universidade do Vale do Taquari (Univates) recebe até domingo, 25, as inscrições de bolsistas para atuar no projeto de pesquisa “Desenvolvimento de um bioherbicida a partir de extratos erva-mate”, coordenado pela professora Elisete Maria de Freitas. O objetivo da pesquisa é avaliar a viabilidade para o desenvolvimento de um herbicida natural com extratos aquosos de folhas, frutos verdes e/ou frutos maduros como alternativa ao uso de agrotóxicos.


Tabaco e o desafio da diversificação

A cultura do fumo ainda é uma das principais atividades em municípios da região, é o caso de Boqueirão do Leão e Venâncio Aires. Aliás elas estão entre as 30 com maior volume de produção, conforme dados do sindicato do setor. Conhecida também como Capital do Chimarrão, Venâncio Aires ocupa a terceira posição.

A cidade possui significativo retorno a partir das indústrias fumageiras, com geração de emprego e renda. No campo, são 3,7 mil famílias envolvidas de forma direta. Já no RS, são 272 mil pessoas. Apesar da relevância econômica, há dificuldade em avançar com a diversificação de culturas. As próprias cooperativas de produção, a exemplo da Dália, incentivam a produção de leite e grãos, contudo, são segmentos que enfrentam dificuldades, entre elas a queda de preços. Fica desafio aos gestores públicos contribuírem nesse debate e proporcionar alternativas.

 

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