Quando começou a sua relação com a música?
Eu toco violão desde os seis anos de idade. Depois, aos dez, aprendi flauta doce e, aos onze, descobri o trombone. Lembro que comecei a aprender nas férias do colégio. As pessoas até me perguntam porque escolhi um instrumento tão diferente, acho que sempre gostei do som grave e também por ser justamente algo diferente. Sou o primeiro músico na família, mas a escola onde estudei, o Gustavo Adolfo, sempre incentivou muito esse lado artístico.
Quando decidiu trabalhar na área?
Começou de uma forma muito natural, na orquestra da escola, depois iniciei na Orquestra de Teutônia. Hoje, além dessas duas, ainda participo da Banda de Estrela, da Oclaje, do grupo Big Dance, entre outros. Já cheguei a tocar em seis grupos diferentes no mesmo período de tempo. Hoje só trabalho com música, como professor e arranjador. Quando eu era pequeno, até tinha uns sonhos mais genéricos, mas a música foi entrando na minha vida. Conforme fui me apresentando com os grupos, percebi que tinha futuro na área, ainda mais sendo algo que gosto.
Lembra de algum momento marcante?
São muitos. A música me permitiu viajar para vários lugares ao longo desses anos. Ano passado tive a oportunidade de ir com a Orquestra de Teutônia para a Alemanha, no Festival Internacional de Grima, isso foi um marco. Lembro também da minha primeira apresentação com esse grupo, eu tinha 14 anos. Estava muito nervoso, porque a Orquestra de Teutônia sempre teve um nome muito forte. No próximo mês vou ir mais uma vez para a Alemanha, mas com a Orquestra de Imigrante.
Além de tocar, você também faz arranjos. Qual a sensação de estar no palco?
Acredito que para cada músico é diferente. Sempre tento me divertir, fazer do palco uma festa. O público não quer ver uma estátua. Nesses últimos três anos, também tenho apresentado meus arranjos e me dá muito orgulho ver o grupo tocando e as pessoas gostando. Como já toquei em muitas orquestras, o repertório acaba se tornando repetitivo e o arranjo vem justamente para trazer algo diferente. Acho fascinante mudar e reinventar. A gente não pode ter preconceito musical, tem que ser um livro aberto, ir de Frank Sinatra às músicas de bandinha. Por isso estou sempre estudando, acordo e durmo música.
Ontem você se apresentou no Concerto de Inverno da Orquestra Gustavo Adolfo Univates. Fale um pouco sobre o tema deste ano.
No ano passado, priorizamos composições brasileiras. A apresentação de ontem foi um pouco diferente, pegamos músicas de países distintos e transformamos em uma versão própria. Ajudei nos arranjos, inclusive. O legal é que neste ano tivemos a participação de um tenor e uma soprano.