O papel da bicicleta no desenvolvimento das cidades

Opinião

Paulo Gustavo Sehn

Paulo Gustavo Sehn

O papel da bicicleta no desenvolvimento das cidades

Lajeado

Nas últimas décadas está visível a rápida transformação das cidades. A crescente urbanização – entenda por urbanização o crescimento urbano das cidades, seja populacional ou predial – está provocando modificações socioeconômicas, de necessidades, hábitos, e desafios para a gestão das cidades. E esse aspecto não é só de agora.

As cidades e seu desenvolvimento histórico estão diretamente ligados às necessidades das pessoas que a habitam. Desde a antiguidade, o surgimento das principais vias, por exemplo, são responsáveis por deslocar as pessoas. O crescimento vertical das cidades, para novas formas de moradia. As demandas de saneamento, parques, praças, igualmente, estão ligadas ao crescimento populacional urbano.

O que proponho neste artigo é uma reflexão acerca deste “desenvolvimento” desenfreado e o que está sendo discutido para apresentar novas formas de mobilidade. O que temos visto, na maioria das cidades, é o ajuste das vias para comportar cada vez mais veículos automotores, ditos tradicionais. Ou seja, o planejamento sugere e está colocando cada vez mais, mais veículos automotores nas vias, ao invés de tirá-los e oferecer meios coletivos ou não motorizados para deslocamentos seguros. Até quando as cidades suportarão essa forma momentânea de pensar?

Aliado a isso, proponho uma reflexão acerca do papel da bicicleta para o desenvolvimento saudável das cidades. Como dito em artigos anteriores, pessoas saudáveis produzem mais e procuram menos os sistemas de saúde gerando benefícios não só sob o aspecto gestão das cidades mas também pessoal, coletivo e profissional.

Outro âmbito que coloco em discussão: se é proposto à população cada vez mais vias para deslocar veículos automotores com pessoas, quem não tem condições de se deslocar com veículos automotores está em desvantagem, certo? Qualquer análise que fizermos sobre os espaços urbanos implicará na forma como as sociedades evoluem. Logo, há de se pensar urgentemente em incorporar ao planejamento das cidades, formas que proponham, inclusive, a igualdade no desenvolvimento das pessoas e expansão delas.

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