Clínica Novo Começo é referência no tratamento e recuperação de dependentes químicos

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Clínica Novo Começo é referência no tratamento e recuperação de dependentes químicos

Empreendimento localizado na Barra do Jacaré completa oito anos de atividades em 2023 e projeta ampliar o atendimento.

Clínica Novo Começo é referência no tratamento e recuperação de dependentes químicos
Mãe e filho, Paula e Eduardo trabalham juntos na administração da clínica (Foto: Diogo Fedrizzi)

Paula Cristina Garibotti, 52, até hoje guarda na memória o dia em que o filho mais velho, Eduardo Garibotti Kuffel, 32, pediu socorro para se livrar da dependência química. A superação desse drama familiar despertou no jovem a vontade de ajudar outras pessoas que sofrem do mesmo problema. Nesse contexto, no dia 1º de outubro de 2015, nasce a Clínica Terapêutica Novo Começo. “Trabalhar com recuperação de dependentes químicos era o que eu precisava para a minha vida”, revela Eduardo, diretor administrativo.

Na época, quando teve apoio e incentivo dos familiares e do médico psiquiatra Fábio Vitória, atual responsável técnico, para tirar a ideia do papel, Eduardo projetava abrir uma comunidade terapêutica. “Não pensávamos em começar a clínica como é hoje, até pela infraestrutura que era necessária. Ajustamos com o passar dos anos, sempre pensando em melhorar o atendimento”, comenta.

O sítio da família no bairro Barra do Jacaré, onde Eduardo passou boa parte da infância e adolescência, se transformou no complexo Novo Começo. A estrutura construída ocupa três mil metros quadrados de área em meio à natureza. São 14 prédios e disponibilidade de 72 leitos. Salas de convivência, restaurante, cozinha industrial, academia, salão de beleza, biblioteca, ginásio, cantina, cibercafé, entre outros espaços, completam o empreendimento, que recebe pacientes de cidades gaúchas e de diferentes estados brasileiros, como São Paulo, Maranhão, Tocantins, Santa Catarina, além de países vizinhos.

“Procuramos imitar uma vila, uma pequena sociedade onde os pacientes iniciam o tratamento, com o devido cuidado técnico e médico, mas também há regras e disciplina. Eles têm a rotina organizada das 6h às 22h”, explica Paula, que hoje exerce a função de coordenadora. “O paciente, além de tratar a sua doença, já começa a desenvolver habilidades que depois vão lhe assegurar maior conforto e segurança no processo de ressocialização na volta para casa”. O quadro de colaboradores conta com uma equipe técnica multidisciplinar formada por 60 profissionais, além de outras funções terceirizadas.

Professora durante 24 anos, Paula decidiu abrir mão da rotina escolar para acompanhar o filho no tratamento e depois seguir ao lado dele na gestão da clínica. “Buscamos conhecimento para colocar à disposição das pessoas o que de melhor a gente tem a oferecer”, afirma. “A clínica é a nossa própria vida, fala da nossa história, do nosso envolvimento com recuperação”.

Eduardo faz planos para ampliar a equipe e, por consequência, o número de leitos, sempre com o propósito de oportunizar uma nova vida aos pacientes. “Ver que a gente pode ajudar outras pessoas a entrar em recuperação, assim como eu entrei, sem precisar de nenhuma substância para continuar a vida, é muito gratificante”, garante.

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