Temos que “suportar” a EGR por mais dois anos

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor editorial e de produtos

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Temos que “suportar” a EGR por mais dois anos

O governador Eduardo Leite foi taxativo ao afirmar que a extinção da EGR levará pelo menos mais dois anos. Este será o tempo que deveremos suportar a estatal criada por Tarso Genro há exatos dez anos. Leite falou sobre o assunto na quarta-feira, quando esteve em Estrela.

O governo gaúcho deve finalizar, neste ano, o projeto de concessão das rodovias que ainda não foram privatizadas. Depois deste processo, encaminhar o fim da EGR. Diante do cenário de morosidade burocrática, resta-nos “engolir” a EGR e conviver com os pedágios em Encantado, Cruzeiro do Sul e Boa Vista do Sul.

Na verdade, a EGR é um baita abacaxi. Foi criada para ser solução e se transformou numa encrenca para o atual governo. E para a sociedade, um desserviço. Em 2013 já foi ilusório criar a estatal na ideia de que o Estado teria capacidade e competência para administrar rodovias. Nunca teve e nem terá.

Se há um inequívoco acerto do governo de Eduardo Leite, é o processo de privatização. As pequenas capacidades de investimento readquiridas pelo Estado se devem à privatização da Corsan e de outras instituições que já não faziam sentido estar nas mãos do Piratini.

O problema maior da EGR não é sua extinção, mas sua fundação. Sequer deveria ter sido criada. Tivesse feito um projeto decente de privatização em 2013, não estaríamos lamentando pelos dez anos de tempo e infraestrutura perdidos. Por isso mesmo, privatizar é o caminho, desde que os processos tenham sentido, estejam bem amarrados e contemplem as necessidades dos gaúchos.

No caso da EGR, a extinção é inevitável. Mas até lá, é vigiar e cobrar a direção para que faça, pelo menos, o básico. É manter o bafo na nuca da EGR e não sossegar enquanto não atendem minimamente o que prometem. Vigiar e pressionar o tempo todo. Eis o desafio para mais dois anos.


O Vale do acolhimento

A nova campanha para vender o Vale do Taquari ao Brasil e ao mundo aposta na nossa capacidade de bem acolher e receber os visitantes. Lançada no fim de semana passado, o movimento convoca empresários do trade turístico a se conectarem a promoção e ajudarem a vender nossos atrativos variados.

Se “vender” mais e melhor se ergue imperioso diante do avanço do segmento turístico no Brasil. Em um ano, o setor apresenta evolução na casa de 30%, e o Vale do Taquari precisa estar na cabeça e no coração dos turistas brasileiros e estrangeiros que estão dispostos a viajar.

É preciso deixar a modéstia e o anonimato de lado para investir em marketing e promover nosso potencial consolidado. Aqui no Grupo A Hora, o projeto 365 Vezes no Vale é o grande canal para mostrar todas as virtudes e atrações existentes em cada uma de nossas cidades.

Estabelecer uma campanha permanente, com produção de conteúdo de qualidade, focado nas singularidades locais, tornará nossos empreendimentos cada vez mais conhecidos e desejados. Quem não é visto não é lembrado, já dizia Patrick Munzfeld. A frase célebre se encaixa feito luva ao momento que vive o turismo regional.


Amvat, Amat e o novo momento

Às vezes é preciso separar para unir. Foi o que aconteceu com os prefeitos no Vale do Taquari. Todos lembramos da ruptura institucional no ano passado e das idas e vindas em função do encolhimento da Amvat e da criação da Amat. Passada a poeira inicial, mostra-se muito assertivo o movimento provocado pelos prefeitos da região alta.

A assinatura oficial do credenciamento do hospital Estrela como referência e alta complexidade em tramato-ortopedia (Foto: Jhon Tedeschi)

Cientes do seu tamanho e representatividade, se focam nas demandas estratégicas bem locais sem descuidar ou se desconectar das demandas macrorregionais. A assinatura oficial do credenciamento do hospital Estrela como referência e alta complexidade em tramato-ortopedia mostra o quanto a relação da Amvat e Amat está madura e a relação dos gestores públicos alinhada com as demandas macrorregionais. Enquanto isso, cada uma cuida da sua aldeia e vida que segue. Grande lição aprendida.

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