A doação de um recuo viário de terreno, no bairro Universitário, pode representar o início de futuro projeto de alargamento da avenida Senador Alberto Pasqualini, em direção à Ponte de Ferro. A cedência foi aprovada por unanimidade na câmara de vereadores na noite de terça-feira, após cerca de um mês em análise no Legislativo.
Conforme a descrição do projeto, será destinada a faixa de 76,12 metros quadrados para disponibilidade de um eventual alargamento da via. A negociação com os proprietários do terreno, Rosane Maria Schena e Valmor Antonio Schena, foi feita em 2022.
A faixa a ser doada fica quase na esquina com a rua Pouso Novo. O trecho, em pista simples, é o mais estreito de toda a avenida, o que ocasiona em lentidão no trânsito, sobretudo em horários de pico, com o movimento das aulas da Univates e também de Arroio do Meio.
O vereador e engenheiro do setor de projetos especiais, Isidoro Fornari Neto, ressalta que, pelo Sistema Viário de Lajeado, a Pasqualini está contemplada com alargamento no futuro. Não necessariamente seria uma obra em curto ou médio prazo.
“O Plano Diretor prevê esse alargamento, assim como outras vias de Lajeado. São áreas onde a prefeitura não permite a construção nesse espaço previsto. Então, essa faixa doada fica reservada para um futuro alargamento, se o município perceber a necessidade”, pontua.
Melhor aproveitada
Durante a sessão da câmara de terça-feira, 30, apenas Deolí Gräff (PP) abordou o assunto. Para o parlamentar, trata-se de uma atitude elogiável dos proprietários do terreno em efetuar a doação, visto que uma futura obra resultaria em benefícios para a comunidade como um todo.
“Não os conheço, mas devo elogiá-los por pensarem no ente público. É uma avenida com muito trânsito e, em outra oportunidade, solicitei que fosse alargada e melhorado o calçamento. Com esse tipo de gesto, é possível que a Pasqualini seja melhor aproveitada por todos.
Via arterial
Conforme o arquiteto e professor da Univates, Augusto Alves, a avenida Pasqualini está entre as ruas “de primeira grandeza” na hierarquia de Lajeado, por ser considerada uma via arterial. Lembra que, nesses casos, não necessariamente precisa de uma largura considerável. Neste caso, porém, entende se tratar de uma obra estratégica ao município.
“É importante pensar por etapas. Esse alargamento seria relevante, pois, se analisamos, é um caminho histórico, que existe desde o início do núcleo. Antes mesmo de ter a ERS-130, já havia o traçado. Hoje, por ter um perfil muito estreito, há um afunilamento que causa problema grande de tráfego e é uma alternativa pouco viável de quem não quer passar pela rodovia”, frisa.
Por não existirem outras alternativas naquela região, Alves avalia que um investimento para alargar a avenida é positivo. “A Pasqualini já foi projetada assim, pensada para ser uma via bem importante. Sofreu afunilamentos porque, muitas vezes, faltou visão e planejamento, pois não se pensava que teria uma importância grande”.
