Vestida de branco, a noiva é levada pelo pai até o altar, onde é deixada nos braços do noivo. Ali, com a benção do sacerdote, a dupla se torna um casal. Trocam alianças, um beijo tímido, secam as lágrimas de emoção. Não há rito que escape dos símbolos.
A noiva pode estar grávida ou já ter filhos, mas o branco do vestido continuará, ainda que na cultura ocidental ele signifique “pureza”. Os dois podem morar juntos há anos, mas é a partir daquele momento que tudo é oficializado.
É difícil encontrar um casal que ainda hoje espere pelo casamento para dar início a vida a dois. Mesmo assim, quando há cerimônia, é comum que ela se mantenha intacta. E, se me convidarem, é provável que eu chore de emoção.
As tradições existem por algum motivo. Desde que não prejudiquem ninguém, devem ser celebradas. É a vontade dos envolvidos. Apesar do clichê, apesar dos velhos símbolos, é a vontade dos envolvidos. Por isso, e só por isso, é lindo.
Isso é: o que torna o momento inesquecível é o desejo de realizá-lo. E o que prova a reportagem do Você desse fim de semana é que mesmo quando ocorrem fora dos padrões perpetuados por séculos, continuam valiosos.
Seja onde for, com convidados ou não, o rito continua como marcador de um momento importante. Se os noivos podem celebrar em um lugar diferente, em uma sonhada viagem internacional, por que não?
A ausência do vestido branco ou até mesmo da troca de alianças não inibe a beleza do momento. O que nos comove em um casamento não é o rito, é a felicidade dos noivos. E essa pode estar em qualquer lugar.