Fechamento de rua em obra de rotatória gera críticas de moradores

LAJEADO

Fechamento de rua em obra de rotatória gera críticas de moradores

Acesso pela rua Laudi João Flack está interrompido devido ao avanço da construção da interseção na RSC-453, no bairro Floresta. Receio da comunidade é de que trecho não seja liberado. EGR garante que bloqueio é temporário

Fechamento de rua em obra de rotatória gera críticas de moradores
Avanço das obras no trecho gera apreensão em moradores pela possibilidade de bloqueio em via. Crédito: Mateus Souza
Lajeado

Aguardada há mais de uma década por moradores do bairro Floresta, a construção da rotatória da RSC-453, nas imediações do quilômetro 27, começa a tomar forma. Porém, o fechamento do acesso de uma das ruas laterais preocupa a comunidade e gera críticas de quem utiliza o trecho. O caso foi levado até a câmara de vereadores.

O projeto da obra foi desenvolvido pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), responsável pela rodovia. A Associação de Moradores do Bairro Floresta alega que não foi avisada sobre o bloqueio. A crítica se dá, sobretudo, porque a rua Laudi João Flack é a principal ligação com a Escola Municipal Pedro Welter.

Incomodado com a situação, o presidente da entidade, Jaime Valmir Borger afirma ter conversado com um dos engenheiros da empresa contratada pra executar a obra, ocasião em que foi informado do fechamento. “Fui questionado por um morador e levei isso até ele. Falou que seria dessa forma. Eu não consigo entender porque fizeram isso”, lamenta.

Pelo desenho do projeto, Borger entende que sequer há a possibilidade de uma rua lateral que ligue a Laudi João Flack com a rua Raymundo Sieben. “Não tem espaço. Precisamos pensar em uma solução a tempo. Se a obra for assim, como estão executando, não adianta nada fazer uma rotatória”, critica.

Outros acessos

Sem o acesso pela Laudi João Flack, o deslocamento de carro até a instituição educacional fica prejudicado. De quem mora do outro lado da rodovia – caso de Borger – é necessário ir até as imediações da Fabi Compensados. De lá, é possível seguir até a Pedro Welter.

“A única forma de chegar até a escola pela rotatória é por essa rua. Desse jeito, não pode ser executada. Alguém precisa nos dar uma posição concreta de como vai ser essa obra, pois o que era para ser uma solução vira um problema. Os alunos, como vão acessar?”, cita Borger, que não descarta um protesto.

Além da rótula do quilômetro 27, a EGR também projeta a construção de uma segunda interseção, no quilômetro 29, nas imediações do acesso à Refricomp, local de grande movimentação de caminhões.

Sem bloqueio

Em nota encaminhada à reportagem, a EGR nega que o acesso a Laudi João Fleck será totalmente fechado e garante que o bloqueio é temporário em função das obras. Também salienta que, nesses casos, rotas alternativas serão indicadas para evitar transtornos – o que a Associação de Moradores diz não ter ocorrido.

“A implantação das rótulas visa buscar maior integração de tráfego na via, sempre buscando adequar os projetos com as necessidades da comunidade para mitigar o impacto dessas obras com o dia a dia da população”, afirma, na nota.

A construção da rotatória iniciou em março, após problemas com a licitação – que chegou a ser suspensa ano passado –, e faz parte de um investimento de mais de R$ 30 milhões em melhorias na RSC-453. A estimativa da estatal é que a obra seja entregue em junho.

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