Ere… sim!

Opinião

Carlos Martini

Carlos Martini

Colunista

Ere… sim!

Depois de quase dez anos, o Dnit finalmente foi liberado para autorizar a municipalização de um trecho de 4,4 quilômetros da BR-480, dentro do perímetro urbano de Erechim. O pedido foi encaminhado em 2013 e a autorização foi publicada no Diário Oficial da União nessa semana.

O Executivo vai formalmente integrar o trecho à malha rodoviária municipal, assumindo a manutenção da infraestrutura existente na faixa de domínio e a fiscalização do trânsito. Mas também será possível regularizar muitos imóveis residenciais, comerciais e industriais ali instalados, com recuos e acessos já existentes, bem como novas autorizações para construções e até loteamentos.

Por aqui os problemas são proporcionalmente pequenos na BR-386 e nas principais rodovias estaduais (como a ERS-130), mas eles também existem.
Quem conhece trechos da BR-116, lá pelos lados de Nova Petrópolis e Caxias do Sul, ou mais longe, como Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, deve ter examinado mais de perto os “pepinos” legais e administrativos que se criaram com o tempo e que precisam ser equacionados e resolvidos.
Aqui pelas bandas do Vale, existem vários casos de trechos de rodoviais vicinais estaduais que seriam bem melhor administradas pelas autoridades municipais, algumas já assumidas.


Cursos médios

Esse é um conceito meio subjetivo, afinal muitos cursos podem ser bem mais úteis e necessários que alguns classificados como “superiores”. E todos todos também muito úteis e vários imprescindíveis!

Conheço muitos que por ali se tornaram aprendizes da profissão, depois empregados mais qualificados, mais tarde profissionais liberais e hoje empresários. Meus cumprimentos ao Senai, Senac, Senat e Senar. A idéia da formação técnica de recursos humanos brotou na década de 1930. Nenhuma dura tanto tempo de graça.


Circulando por lá

Pelas bandas da Fronteira Oeste, dá para ver o estrago que um bando de javalis pode fazer da noite para o dia em lavouras, principalmente de milho.
E como a procriação é elevada e esses bichos vão longe, já estão provocando prejuízos no centro-oeste. Outro problema é o cruzamento com porcos criados à solta, que deu origem ao “javaporco”, igualmente depredador.

Consta que a origem foi uma criação no Uruguai, numa ilha fluvial meio isolada. Mas numa enchente meio grande o bicharedo fugiu de lá e se esparramou pelo Noroeste deles. Tenham o devido cuidado quando for encarar a parada, porque uma dentada de um bicho desses causa ferimentos profundos. Melhor deixar por conta de profissionais autorizados. E não custa lembrar: é animal exótico, não nativo na América do Sul.


SAIDEIRA

Neto pro nôno:
– Vô preciso de uns cinco mil, tu pode me emprestar?
– Non, da última vez tu levou dois anos prá me devolver!
– Pelo amor de Deus e de Nossa Senhora!
– Ah, bom. Com dois avalistas até empresto.

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