O que diz o primeiro visitante do Cristo Protetor de Encantado

Opinião

Fábio Kuhn

Fábio Kuhn

Idealizador do 365 Vezes no Vale

Coluna sobre Turismo

O que diz o primeiro visitante do Cristo Protetor de Encantado

Faz dois anos que o ciclista Carlos Wallauer, 37, visitou o Cristo Protetor de Encantado. O tour feito no dia 15 de maio de 2021 entrou para a história do turismo regional. Foi a primeira visita guiada na maior estátua de Jesus do mundo. Em entrevista para a coluna, Wallauer relata que se tornou o visitante número 1 ao acaso e, mesmo sendo ateu, se emocionou ao ver o monumento de perto.

Você se programou para ser o primeiro visitante do Cristo Protetor de Encantado?

Carlos Wallauer – Eu morava em Colinas com minha namorada na época que fui no Cristo. Já tinha ouvido falar no projeto, mas não imaginava que a obra já estava quase pronta. Era um sábado, dia que tenho como costume pedalar há quase 20 anos. Resolvi fazer um bate e volta de Colinas até Roca Sales. Ao chegar numa padaria, vi que era cedo e então estiquei até Encantado. No município me deparei com uma placa que avisava que faltava oito km para o Cristo Protetor.

365 – Então você sequer tinha conhecimento da visita guiada?

Wallauer – Não sabia. Minha intenção era conhecer a obra para comparar com o Cristo Redentor do Rio de Janeiro, pois morei lá e já tinha ido duas vezes. Segui as placas indicativas, foi bem puxado a subida por causa do frio, a neblina e vento forte. Mas venci os obstáculos.

365 – O que aconteceu ao chegar lá?

Wallauer – Ao chegar no portão da obra, vi uma placa que proibia a entrada. Tirei umas fotos e ia embora. Daí resolvi olhar uns souvenires numas barracas na entrada. Comprei um chaveiro e perguntei para um rapaz se não era possível entrar na obra e tirar umas fotos de dentro. Ele me respondeu que sim, mas teria que pagar R$ 20 para ter um ingresso guiado. Topei na hora.

365 – Como foi a visita?

Wallauer – Fui recebido por duas moças, uma era a Valesca Pasqualetto. Elas me explicaram sobre a obra, sonho do prefeito de Encantado (Adroaldo Conzatti) que faleceu e sobre o potencial turístico da região. Ai elas tiraram umas fotos minhas. Falei que nunca tinha visto imagens do Cristo Protetor. Foi quando me responderam que aquele era o primeiro dia de visitas e eu era o primeiro visitante.

365 – O que sentiu nesse momento?

Wallauer – Fiquei emocionado, mesmo sendo uma pessoa sem fé religiosa, achei legal ser o primeiro visitante de uma obra extraordinária e majestosa. Guardei com carinho o ingresso com os números 000001 para um dia poder falar para meus filhos e netos que eu estive lá e fui o primeiro de muitos. Pretendo retornar de bicicleta este ano, só falta tempo para ir.

Ingresso número 1 foi guardado com carinho. “Quero falar aos meus filhos e netos que fui o primeiro”


 

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