Não há conflito entre os dois, porém uma complementaridade e interação vitais. Quando buscamos nos inteirar quanto à inovação – em feiras, por exemplo – damos um passo importante para sabermos o que está por vir, subsidiando nossos planos futuros. Mas, não necessariamente satisfazemos a necessidade de soluções imediatas para problemas imediatos.
Imprescindível termos mente aberta para que o inovador aconteça no nosso dia a dia. Em casa ou na empresa, sendo empregado ou empregador, ou profissional liberal. Bom termos inquietação constante pela melhoria de produção e de produto. A inovação não acontece só com novas tecnologias de produção e controle, mas também nos processos de trabalho e na nossa vida doméstica. A perspicácia na busca de novas rotinas deve ser constante (as experimente, valide ou abandone), pois o sucesso profissional e a satisfação pessoal virão na esteira.
E a priorização? Esta caminha numa estrada paralela, também imprescindível, pois nos dirá o que fazer por primeiro. Porém, logo adiante, se funde com o caminho da inovação, gerando um fluxo misto sensacional.
No Vale do Taquari sabemos das nossas prioridades: foco na ação de melhorias em capacitação das pessoas, em infraestrutura logística, no segmento da proteína animal e no turismo. Sem abandonarmos as atividades e ações correlatas que se beneficiarão destas prioridades, se viabilizadas, e dar-lhes-ão suporte.
Quinta-feira, por exemplo, aconteceu o Fórum “Free flow – o modelo para o desenvolvimento”, tema que transpira inovação (tecnologias e processos), com o condão de melhorar antes e com efetividade uma das nossas grandes prioridades: a logística. Trata-se de sistema de cobrança de pedágios, por livre passagem, em arcos colocados sobre as rodovias, a determinados espaçamentos – ao invés dos postos físicos tradicionais -, proporcionando justiça arrecadatória, pelo uso efetivo das rodovias.
Em contrapartida, faltam ações prementes e inovadoras para revitalizar o segmento produtor de proteína animal (leite, frango e suínos). Envolve indústrias relevantes, milhares de produtores, transportadores e outros intervenientes. Pior que sabemos quais as ações prioritárias a adotar, mas não o fazemos: nem os governos Estadual e Federal, nem as entidades representativas envolvidas.
Se ocupam com outras ações necessárias, mas um pouco mais adiante, as quais nada ou pouco significarão, se nossos processos produtivos tiverem falido pela falta de solução das prioridades detectadas.
Inove e priorize. E vice-versa. Dá um caldo temperado de efetividade. Também cuidemos para não sermos envolvidos por firulas dispersivas, pois, pondo “a mão na massa”, teremos resultados tempestivos.