Já tive diversas experiências profissionais e pessoais durante toda minha vida, viajei para lugares incríveis, conheci diversas pessoas e tive contato com culturas diferentes das quais me possibilitaram aprender e desenvolver. Tudo isso me marcou de maneira memorável.
No último mês, tive mais uma dessas experiências, essa ficará marcada em todos os âmbitos de minha vida. Fui para Nova Iorque, desta vez para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), a convite da Câmara Internacional da Indústria de Transportes (CIT) e da Federação das Empresas de Logística e Transportes do Rio Grande do Sul (Fetransul).
Foi uma grande oportunidade de discutir o transporte de cargas, a nível mundial, com representantes de diversas empresas, entidades e órgãos governamentais do mundo, de fato foi uma cooperação multilateral. Tudo feito sob um olhar diferenciado para as preocupações que cada país tem, como: alcançar uma integração benéfica no sistema de comércio internacional, diversificar as economias para torná-las menos dependentes de commodities, limitar sua exposição à volatilidade financeira e dívidas, atrair investimentos e torná-los mais favoráveis ao desenvolvimento e outros pontos de interesse.
A experiência de pisar na ONU, lugar onde as decisões que são tomadas impactam todo o mundo, foi surpreendente, desde a recepção, como toda a estrutura imponente e pensada pelo nosso famoso arquiteto, Oscar Niemeyer, digna de receber chefes de estado e diplomatas e para tratar dos assuntos tão relevantes que ali permeiam diariamente. Tudo isso me proporcionou a possibilidade de realizar network de qualidade e que, com certeza, vou levar para vida e utilizar nos mais diversos projetos que realizo nas empresas do Grupo Scapini.
E a passagem pela ONU, marcou um dos maiores reconhecimentos que já tive na minha caminhada profissional, com o diploma de Coordenador Nacional de Trânsito pela CIT – ONU – UNCTAD. Essa honraria foi muito importante, existem apenas 62 diplomas como este no mundo. Ele foi fruto de um trabalho que realizei com a CIT e fica aqui minha gratidão pela oportunidade de alcançar essa posição.
Na ocasião também visitei empresas de renome mundial como a Fedex e, uma das maiores empresas de transporte dos Estados Unidos, a UPS. Foram visitas importantes e que propiciaram trazer de lá, uma bagagem de conhecimento, além de uma perspectiva de um país para o outro.
Foi possível notar o gap burocrático entre nossos países. A menor burocracia do mercado americano faz com que a documentação seja menor, além disso, a infraestrutura é outro ponto forte que favorece o país. Em pontos estratégicos, há locais de carga e descarga de produtos de last mile, uma dinâmica completamente diferente da que há no Brasil, onde esses locais ainda não existem.
A palavra-chave é: produtividade. A otimização do tempo, causada pela menor burocracia, somada com a estrutura oferecida pelo poder público, faz com que as empresas consigam produzir mais, em menos tempo. Um sonho para qualquer empresário do transporte brasileiro.
Fazer trocas como essas, engrandecem e muito as pessoas, principalmente empresários como eu, que está sempre atento às novas tecnologias, o que há de novo no mercado e também a maneira de desenvolver e aprimorar os negócios. É algo que eu gosto, o constante aprendizado nunca é demais, uma boa parte da minha vida profissional é na busca pelo conhecimento e novas experiências, só assim eu acredito que podemos evoluir.
Quero finalizar meu texto neste espaço tão importante cedido pelo A Hora, para agradecer a oportunidade de estar com os representantes da Câmara Internacional da Indústria de Transportes e da Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas do Rio Grande do Sul, além dos profissionais do setor e colegas empresários que tiveram essa experiência tão enriquecedora.