Experiências que nos transformam

Opinião

Bibiana Faleiro

Bibiana Faleiro

Jornalista

Colunista do Caderno Você

Experiências que nos transformam

Se fechar os olhos, ainda consigo sentir o vento do alto das montanhas, o correr dos riachos e o silêncio das estradas interioranas de Covilhã, em Portugal. Foi nessa cidadezinha de 46 mil habitantes que morei por seis meses em 2020, e onde volto quase todos os dias quando olho as fotos no celular.

Veja bem, três anos se passaram desde que embarquei para uma terra estranha – pra mim – e vivi alguns dos dias mais legais e importantes dos meus 25 anos. Já faz tempo, mas as memórias ficam e são acessadas em uma playlist que costumava escutar nas caminhadas por lá, e que ainda gosto de ouvir por aqui.

Nem todo mundo tem oportunidade de conhecer o desconhecido, mas hoje há alternativas. Bolsas de estudo, intercâmbios de trabalho em troca de moradia e alimentação. A distância entre o Brasil e a Europa ou América do Norte, por exemplo, já não é mais tão longa assim. A experiência vale o esforço daquele dinheiro bem guardado.

Poder viajar é um início. Depois, poder viajar sozinho é a garantia de uma experiência enriquecedora. A companhia é boa, mas a independência, a escolha pelos nossos próprios destinos, a comunicação – que só depende da gente -, tudo é com a gente mesmo. E nessa necessidade de “se virar”, a gente cresce.

Falamos, hoje, de viagens, mas isso vale pra vida. Nossas experiências nos modificam, para o bem ou para o mal. Seja como for, é preciso experimentar. O planejamento é importante, mas planejar demais só adia os nossos planos. E aí vamos sempre encontrar outras desculpas.

E essas memórias que a gente revive quando fechamos os olhos e lembramos de algo, geralmente são daquelas coisas que nos fizeram bem, que nos tocaram de alguma forma. O que foi ruim serve de aprendizado e a gente também pode escolher deixar guardado.

Seja em uma viagem, uma mudança, ou qualquer coisa que nos tire daquela zona de conforto, ter as nossas próprias experiências é importante. Nos faz abertos ao novo e nos instiga a querer, cada vez mais, conhecer o desconhecido.

 

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