Quem fala pelos trabalhadores?

Opinião

Filipe Faleiro

Filipe Faleiro

Jornalista

Quem fala pelos trabalhadores?

Grandes obras costumam gerar mais do que o aspecto material. Seja a barragem de Bom Retiro do Sul, a linha férrea entre vales e montanhas, o porto de Estrela ou a própria BR-386, antes nomeada de rodovia presidente Kennedy.

De evidente temos a mudança na fotografia. Do antes e do depois. Para além disso, há laços criados que estão no mundo das relações humanas. De pessoas de outras cidades ou estados que ajudaram a construir um bem coletivo. Não raro, inclusive se tornam moradores deste pedacinho de Brasil.
No caso da duplicação, estamos diante de um risco. Os trabalhadores, muitos vindos do Norte e do Nordeste, temem as próximas semanas. Estão sem saber como vai ser. Vivem pelo salário do mês, tanto à subsistência quanto para ajudar quem está longe.

O impasse Eurovias e CCR Viasul tem como um dos possíveis efeitos colaterais deixar desamparados os operários que apostaram no Rio Grande do Sul, no Vale do Taquari em especial. Viam esse trabalho como uma oportunidade, talvez até de uma vida melhor, quem sabe em trazer a família, se instalar e contribuir com a região.

Estive em diversos pontos da rodovia. Visitei localidades onde esses trabalhadores estão morando. Alguns já sentem as dificuldades. Uma fala me marcou muito. “Se for preciso, vou pedir ajuda na rua para voltar pra casa, para pagar minha passagem. Aqui não fico.”

Essa é a imagem que o nosso estado, que a nossa região, vai deixar para esses trabalhadores? Essas vozes encontrarão eco entre as autoridades? As empresas deixarão essas pessoas desamparadas? Perguntas que ficam no ar e que torço muito para que seja apenas uma “pré-ocupação”.

A CCR Viasul negocia com uma nova prestadora de serviço. Faço votos para que isso seja rápido e que possa absorver esses trabalhadores à continuidade das obras. Do contrário, teremos um aumento populacional nos bolsões de pobreza.

Crédito: GABRIEL SANTOS


Escolas em festa

O Colégio Presidente Castelo Branco, de Lajeado, maior escola pública da região, completou 57 anos ontem. Instituição com cerca de 900 alunos, tem no histórico o esforço da comunidade em melhorar a educação pública.

Muitos líderes foram fundamentais para conseguir implementar o Ensino Médio no colégio (na época chamado de ginásio). Entre eles, o doutor Ney Arruda (in memorian), primeiro diretor da escola. Ontem, alunos, professores e funcionários promoveram um dia especial para celebrar a data.

21 anos em Estrela

Nos próximos dias, será a vez da Escola de Educação Profissional de Estrela. Em 29 de abril, a instituição celebra 21 anos de história. Fundada com o intuito de oferecer cursos técnicos gratuitos e acelerar a chegada ao mercado de trabalho para os estudantes, a instituição já formou cerca de 600 alunos.

Hoje são 206 matriculados, nos cursos de Secretariado, Confeitaria, Recursos Humanos, Edificações, Informática e no Projeto-Piloto do Itinerário da Educação Profissional Técnica, na modalidade Ensino Médio Gaúcho.

 

CRÉDITOS: DIVULGAÇÃO

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