Não importa quem começou, é preciso acabar com este ódio destilado, especialmente nas redes sociais, nas mais diversas esferas de nossa sociedade. Começando pela política. Se algo de errado acontece ou mandam fazer o “L” ou associam ao “B”. No esporte, se você se identifica de azul, os vermelhos ficam de cara; e se é colorado, os tricolores não gostam de ti.
Pessoas não assistem determinada rede de TV porque ela “puxa” para um lado. Aos que assistem esta emissora o desafio de torcer por um e “acabar” com outros em programa de reality show. Se tua opção sexual não for a chamada “tradicional”, você é criticado e, se for, está fora de moda. Até a cor da pele é determinante para gostar ou não de alguém. Sem falar das condições sociais, em que há os excluídos por morarem em bairros mais simples. Que sociedade chata e hipócrita que vivemos. Ou acabamos com esta corrente de ódio ou ela nos levará ao fundo do poço.
O ciclo
O texto de abertura da Coluna me faz lembrar deste que compartilho com os leitores, para reflexão. “O dono da empresa gritou com seu diretor porque estava muito nervoso naquele momento. O diretor, chegando em casa, gritou com sua esposa, acusando-a de que estava gastando demais, porque havia feito um bom e farto almoço. Sua esposa, nervosa, gritou com a empregada porque quebrou um copo. A empregada chutou e xingou o cachorrinho no qual tropeçara. O cachorrinho saiu correndo, e acabou mordendo uma senhora que ia passando pela rua. Essa senhora foi à farmácia e gritou com o farmacêutico porque a vacina doeu muito. O farmacêutico, chegando em casa, gritou com sua mãe porque o jantar não estava do seu agrado. Sua mãe, porém, afagou seus cabelos, beijou-o na testa e lhe disse:
– Filho, prometo que amanhã farei o seu prato favorito. Você trabalha muito, está cansado e precisa de uma boa noite de sono. Vou trocar os lençóis da sua cama por outros bem limpinhos e cheirosos para que você durma e descanse ainda melhor esta noite. Você vai ver, amanhã estará se sentindo bem melhor. E abençoando-o, retirou-se e deixou-o sozinho com seus pensamentos. Neste momento rompeu-se o círculo da raiva e estabeleceu-se o círculo do Amor, da Doçura, da Tolerância e do Perdão.”. Faz todo sentido.
Rotativo
Segunda-feira, 17h50, em uma rua do centro de Lajeado, a funcionária da empresa que administra o estacionamento rotativo passa de carro em carro e coloca o aviso de cobrança. Quando chega no meu, aviso que tenho saldo no aplicativo da empresa e solicito que desconte 10 minutos (a cobrança acaba às 18 horas). “O mínimo que posso descontar é 15 minutos”, disse ela. Quando a indaguei “vou pagar cinco minutos a mais sem usá-lo”, a resposta foi “é o sistema”. O relato não é pelos cinco minutos, mas sim pelo sistema engessado da empresa. Afinal, quantos motoristas pagam a mais e nem se dão conta.
Buracos
A Corsan abre buracos nas ruas para consertar vazamentos. E tem uma empresa terceirizada para arrumar o asfalto depois. O problema é que esta empresa demora para realizar o serviço porque nem sempre tem asfalto, deixando acumular “vários buracos” para receberem reparos posteriormente. Nesta lacuna de tempo, os motoristas sofrem e reclamam, geralmente da Corsan ou da prefeitura, que não tem culpa de nada.