SOS mananciais

Opinião

Luciane E. Ferreira

Luciane E. Ferreira

Jornalista

SOS mananciais

A Fundação SOS Mata Atlântica divulgou o resultado do monitoramento de rios e arroios quanto à qualidade da água. Os índices foram um pouco melhores do que os apurados por meio do projeto Viver Cidades. Os mananciais da região, bacia Taquari-Antas, estão com Índice de Qualidade da Água (IQA) entre ruim e péssimo. A escala é: ótima, boa, regular, ruim e péssima.

Recorte

A Fundação considera as amostras de mananciais das bacias hidrográficas inseridas na Mata Atlântica no Brasil. O recorte do Rio Grande de Sul aponta: qualidade ruim nos arroios Portão e Noque, município de Portão, e no arroio Feitoria, em Dois Irmãos; regular em dois pontos do Rio dos Sinos, em São Leopoldo, e no arroio Garças e rio Gravataí, em Canoas; e qualidade boa, no arroio Serraria, município de Lindolfo Collor.

Caminho

Os dados, tanto do Vale do Taquari quanto da região Metropolitana e Vale do Sinos, ainda têm muito a melhorar. O caminho passa pelo saneamento básico e destinação de resíduos sólidos. Ambos têm prazos estabelecidos para virar a chave e começar a funcionar.

FOTOS: DIVULGAÇÃO


Impacto ambiental

Não existe intervenção sem impacto ambiental. Da mesma forma, não existe desenvolvimento sem intervenção. Neste beco sem saída, são necessários pesquisas, estudos, busca por alternativas para atender as demandas com o menor impacto possível.

Exemplo

Em Caetés, Pernambuco, famílias queixam-se do parque eólico (foto). Segundo reportagem da Agência Brasil, dizem que o barulho é semelhante ao da turbina de avião. Entres reuniões, discussões e debates, surgiu a alternativa de criar um parque offshore, ou seja, instalar as torres de energia em alto-mar. Neste caso, a vida marinha será impactada.

Possibilidade

Há uma real possibilidade de o Vale ter um parque eólico. A área estudada fica nos limites de Teutônia, Westfália e Imigrante. A iniciativa é da Certel. O estudo da velocidade do vento naquele local será medido até fevereiro de 2024.

Grau de impacto

No Brasil, 890 parques eólicos instalados em 12 estados brasileiros produzem energia suficiente para beneficiar 108,7 milhões de habitantes. Ainda temos a energia solar, hidráulica e biomassa, que somam 85% da geração, contra 15% de base fóssil. Na União Europeia, por exemplo, a energia fóssil (carvão mineral, o gás natural e o petróleo e seus subprodutos) corresponde a mais da metade da matriz energética.

 

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