Com produção média de 400 toneladas, o Vale do Taquari começa a colheita dos frutos desta safra. Entre as cidades com maior volume previsto, estão Anta Gorda (150 toneladas), Taquari (60) e Encantado (50). A maior parte da noz pecan ainda é destinada ao mercado interno, mas desde 2020 há movimentos para fortalecer a exportação. Para este ano, além de buscar novos mercados no exterior, o desafio está em mudar a cultura e incentivar o consumo.
Dados do setor indicam que nos EUA são consumidas quatro frutas por habitante ao dia. Enquanto isso, no Brasil o número não passa de duas unidades per capita anuais. Ainda em relação à produção, o Vale do Taquari é o segundo maior no estado, atrás apenas da região central. Em todo o RS estão previstas 5 mil toneladas. Evento hoje em Santa Maria marca de forma oficial a abertura da colheita de noz pecan.
O cultivo incentivado desde a década de 1970 ganhou força apenas a partir dos anos 2000. Com valor agregado, mais produtores apostam na atividade. Esse é o caso de Nicanor Constantin, em Picada Flor, interior de Marques de Souza. Em 20 hectares de nogueiras espera colher 5,6 toneladas e movimentar mais de R$ 60 mil.
Seminário de pecanicultura
A força da produção regional de noz pecan mobiliza técnicos, empresas e organizações do setor para um seminário que visa fortalecer a cadeia produtiva. O evento ocorre em 27 de abril, a partir das 13h, no salão comunitário de São Luiz Cabral, em Anta Gorda. Entre os temas abordados com produtores estão a secagem, armazenamento, secagem e condições de mercado. Outro assunto a ser tratado é a organização de produtores em modelo de cooperativa.
Produtores isentos ao Troca-Troca Sementes
Diante das perdas na produção de milho decorrente da estiagem, o Estado anunciou a anistia de 100% da dívida do Troca-Troca Sementes. O programa teria em abril o vencimento das parcelas. Com a medida, o governo assumiu um impacto de R$ 22,5 milhões que representa o valor de contrapartida das 41 mil famílias atendidas pelo programa.
Desempenho positivo nas exportações
As vendas de carne suína para fora do país alcançaram 106,9 mil toneladas em março, conforme dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 16,9% as exportações registradas no mesmo período de 2022, quando foram embarcadas 91,5 mil toneladas. Desempenho importante frente ao protagonismo do Vale do Taquari no segmento. Dados recentes indicam que a região lidera a produção gaúcha com 17% dos abates. O incentivo às vendas internacionais também são alternativas para reduzir o impacto pela alta dos custos de produção.
Importação e alerta ao setor de lácteos
A redução da alíquota de 14% para 4% na importação de proteínas de soro de leite, de fora do Mercosul, gera preocupação aos produtores e indústrias de laticínios. O principal temor é pelo desequilíbrio de preços com o produto nacional. Representantes do sindicato das empresas de lácteos e da bancada gaúcha na Câmara Federal encaminharam pedido para revisão do percentual que favorece a compra do produto de fora do país e causa efeito negativo na produção local.
