O governo de Lajeado encaminhou projeto de lei à câmara para a criação do Conselho de Usuários dos Serviços Públicos. A ideia é constituir um órgão consultivo, vinculado à Secretaria de Administração (Sead), e com a finalidade de acompanhar, participar na avaliação e propor melhorias na prestação dos serviços, além de contribuir na definição de diretrizes para o adequado atendimento ao contribuinte. O grupo será composto por oito membros, sendo quatro representantes dos usuários de serviços públicos – duas pessoas físicas e duas jurídicas, e quatro do Executivo, ligados aos setores da Ouvidoria, Sead e Gabinete do Prefeito. Por ora, o Legislativo ficou de fora.
TIRO CURTO
• A presidente da câmara de Lajeado, Paula Thomas (PSDB), a terceira mulher na história a assumir o plenário, passou por um momento tenso na sessão passada. Os vereadores Sérgio Kniphoff (PT) e Márcio Dal Cin (PSDB) iniciaram um debate mais acalorado, e começaram a interpelar a vereadora por um único motivo: a não leitura do relatório que arquivou o caso de suposta quebra de decoro do vereador Mozart Lopes (PP). Paula, então, suspendeu a sessão por 30 minutos.
• Faz algumas semanas, a presidente colocou em votação o pedido de arquivamento de um projeto apresentado pela suplente Eloede Conzatti (PT). E ninguém tumultuou a sessão para solicitar a leitura. Em outro momento, Paula autorizou a leitura de um relatório semelhante. O que isso significa? Que as regras do plenário são aplicadas conforme os interesses pessoais ou partidários dos parlamentares. Certo ou errado, não há nada de novo no front.
• Em tempo, Mozart Lopes (PP) foi “investigado” após utilizar o plenário da câmara para atacar Lula (PT) às vésperas do primeiro turno do pleito de 2022. Além de divulgar informações bastante efusivas contra o petista, e também um vídeo com conteúdo falso, ele vestiu e utilizou adesivos partidários durante a sessão. Uma afronta às regras eleitorais vigentes naquele momento.
• O relatório com uma página e meia sobre o arquivamento foi aprovado em plenário – com votos de opositores – e o conteúdo está disponível a todos os contribuintes no site do Legislativo.
• E o tal relatório é bastante questionável. A iniciar pelos integrantes da comissão que “julgou” o caso. Entre os três vereadores desse grupo, dois são colegas de partido de Lopes – Isidoro Fornari e Lorival Silveira. E o terceiro componente, Márcio Dal Cin (PSDB), não assinou o documento.
• Por fim, é preciso salientar que Mozart Lopes (PP) não foi o primeiro e não será o último a utilizar o plenário para fazer campanha direta ou indireta a determinado partido ou agente político, independentemente de visões ideológicas ou partidárias, e com ou sem informações falsas ou equivocadas. E vida que segue.