Atacar o mensageiro não resolve a crise

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Atacar o mensageiro não resolve a crise

O encontro entre direção e associados da Languiru, na sexta-feira passada, foi de portas fechadas. Os atuais mandatários não autorizaram a entrada dos jornalistas do Grupo A Hora, o primeiro e único veículo de comunicação a apresentar para a comunidade do Vale do Taquari a real situação da nossa estimada cooperativa.

A barreira contra os repórteres já era esperada. E o presidente Dirceu Bayer foi claro ao afirmar, diante das câmeras, que não quer falar “especialmente” com a nossa reportagem. É do jogo, claro. Quem é da lida jornalística está acostumado com esse tratamento. O problema, neste caso, é que nem de longe a culpa pela crise – e o consequente esfacelamento – da Languiru é do Jornal A Hora. Essa é uma narrativa frágil e o produtor, o verdadeiro dono da cooperativa, sabe que não faz sentido. Logo, é preciso parar com os ataques e ameaças veladas ao mensageiro – inclusive por meio de outras mídias – e assumir os eventuais erros e desacertos.


Monumento ao Gaúcho

Conforme anunciamos na coluna do fim de semana, a cidade de Arroio do Meio avança na tentativa de – também – entrar de vez no roteiro turístico dos gaúchos. Nessa segunda-feira, o governo municipal anunciou o projeto apresentado por investidores para a construção de complexo turístico entre os morros São José, Gaúcho e Ventania.

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A proposta é investir cerca de R$ 50 milhões em uma área de 30 hectares, com destaque para a estátua gigante de um típico gaúcho pilchado. Além de espaços para empreendimentos turísticos e gastronômicos junto ao monumento de concreto, o grupo também sugere a criação de uma “fundação cultural” para incentivar pesquisas e preservar a fauna e a flora. É uma ideia instigante, que já agradou e desagradou a muitos. Assim como ocorreu com o primeiro anúncio do Cristo Protetor, em Encantado.


Terceirização e polêmica

A terceirização de mão de obra é uma realidade em praticamente todos os municípios brasileiros. Pequenos, médios e grandes. E faz sentido. Afinal, a dinâmica de alguns serviços públicos e a necessária adequação à Lei de Responsabilidade Fiscal não permitem contratações efetivas a esmo por parte das administrações municipais. Entretanto, e isso também ocorre em uma gama alta de cidades brasileiras, muitos gestores confundem terceirizados com cargos comissionados, e aproveitam a ferramenta para acomodar e empregar apadrinhados ou indicados políticos.

Isso já foi verificado em Lajeado, por exemplo, onde o erro foi admitido pelos vereadores no plenário da câmara, em 2018. À época, os próprios parlamentares admitiram ter feito indicações por meio da empresa Arki. E a inusitada confissão coletiva não deu em nada. Agora, e novamente envolvendo a empresa Arki, a queixa é referente a escolha – por parte do Executivo lajeadense – de servidores terceirizados em detrimento aos profissionais que realizaram concursos públicos. Desta vez, a polêmica é menos desgastante ao poder público. Mas essa nunca deixa de existir.


TIRO CURTO

• Vereador em Arvorezinha, Silvio Grapeggio (PSDB) sofreu acidente de trânsito nesse domingo. Ele voltava de uma festa no interior do município, quando aparentemente perdeu controle em uma estrada de chão batido e capotou o veículo. Ele não sofreu ferimentos graves.

• Um novo projeto de lei para autorizar outro subsídio na tarifa de ônibus em Lajeado já chegou à câmara de vereadores. A matéria, protocolada ontem, autoriza o Executivo a destinar recursos públicos à empresa para “subsidiar o transporte público de idosos”. O valor destinado será de R$ 1,6 milhão. E o recurso já foi destinado pelo governo federal, ainda em 2022.

• Em Estrela, o prefeito Elmar Schneider homologou o edital de licitação para os serviços de construção da quadra esportiva do bairro Boa União. A empresa contratada é a Construtora Edil Eireli, com sede em Teutônia. E o valor total do contrato é de R$ 239,4 mil.

• Em tempo, e diante da grandiosidade do empreendimento, o setor de comunicação da prefeitura de Arroio do Meio poderia ter caprichado mais no ambiente – e nas ferramentas de divulgação – no momento de apresentar o projeto do complexo turístico no Morro Gaúcho.

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