Não sou expectador do BBB, mas impossível não ver e acompanhar a gravidade dos fatos que ocorreram no programa da TV Globo nesta semana. A emissora esperou demais para tomar uma providência e expulsar os dois participantes que assediaram uma colega da casa. Mas a medida foi correta. Nada justifica, nem a bebedeira.
As mulheres seguem sendo alvo de homens que acreditam que passar a mão no corpo delas é normal. Não é e nunca será. O toque sem permissão é assédio e isto é crime. BBB expõe a realidade que as mulheres enfrentam diariamente sem a vantagem de estarem sendo filmadas.
Que o triste episódio sirva de exemplo para serem mandados embora também os que cometem assédio no trabalho, nos ambientes religiosos, nas torcidas organizadas, nos grupos de esporte, nas escolas. Nestes locais o mais fácil é fazer vista grossa e desacreditar mulheres.
Melhor assim
Durante entrevista na Rádio A Hora o governador Eduardo Leite foi questionado sobre a EGR e as reclamações dos usuários, especialmente no trecho entre Lajeado e Venâncio Aires. “Se é ruim com ela, pior sem”, declarou Leite. O governo dará andamento ao processo de privatização das rodovias e o Vale do Taquari está incluído. A tendência é de que em breve nos livraremos na EGR e de seus péssimos serviços.
Em Estrela
Governador Eduardo Leite visitará Estrela para uma palestra. Prefeito Elmar Schneider negocia as datas e tenta para maio, mês de aniversário da cidade, além de organizar agenda para outras atividades na região naquele dia.
Elas são representativas
Um grupo de advogadas defende que OAB mude o nome. Deixaria de ser Ordem dos Advogados do Brasil e passaria a se chamar Ordem da Advocacia. Pedido que instituição deixe de se chamar OAB aguarda apreciação interna e não é de hoje. Atualmente, as mulheres são a maioria no quadro da advocacia brasileira: 675.921 advogadas inscritas e 648.151 advogados.
Essa diferença, que é de 51% a 49% quando se consideram todas as inscrições, aumenta nas faixas etárias mais jovens. Entre as pessoas com até 40 anos na OAB, as mulheres representam cerca de 60%, e os homens, 40%. Até hoje, porém, a OAB nunca teve uma mulher na presidência nacional da entidade, e somente 5 das 27 seccionais têm comando feminino: Bahia, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
Cadê os líderes?
A reflexão foi feita pelo colega Rodrigo Martini em sua coluna durante a semana. Afinal de contas, onde estão as novas lideranças regionais? A impressão é de que a maioria daqueles que de fato poderiam tocar as entidades estão correndo do compromisso. A responsabilidade é grande e nem sempre ocorre o reconhecimento. O Codevat, nosso conselho de desenvolvimento, não tem linha de sucessão. Em breve o cargo poderá ficar vago.