Languiru coloca a ‘raposa para cuidar do galinheiro’

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor editorial e de produtos

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Languiru coloca a ‘raposa para cuidar do galinheiro’

O jargão popular se adapta perfeitamente ao momento de fusão da Languiru com a Lactalis. Para os menos esclarecidos, o repasse de toda planta de laticínio da cooperativa à multinacional, pode parecer uma saída razoável. Contudo, ela é acima de tudo, um duro golpe no cooperativismo regional e sentencia a derrocada do modelo associativo da Languiru.

O leite, que era a fortaleza produtiva e o que deu origem a cooperativa, agora está nas mãos dos franceses. Um movimento questionável e incoerente, onde o presidente Dirceu Bayer se escora para ganhar uma sobrevida na instituição e empurrar mais um pouco sua presença no comando.  As falas de Bayer chegam a ser fantasiosas na tentativa de convencer associados e produtores de que o repasse da laticínios à Lactalis é um bom negócio:

“Posso assegurar que a Languiru será ainda maior daqui uns meses”, projetou Bayer em entrevista a uma emissora de rádio local. Será maior como, presidente, se está vendendo a laticínio, o setor de suínos e de frangos e também a fábrica de ração?  Infelizmente, a Languiru está à deriva. Encolhe paripassu nas mãos de um presidente que perdeu a essência do cooperativismo e manda os associados às favas.

Quando a Lactalis veio ao Rio Grande do Sul, facilitada pelo governo estadual na época, com incentivos públicos, Dirceu Bayer e todas as demais cooperativas reclamavam do avanço da multinacional e da falta de uma política protecionista ao modelo cooperativo.

Agora, sete anos depois, o inimigo vira aliado. Mais do que isso, o salvador da pátria. “A ajuda que eu esperava das cooperativas veio da Lactalis”, disse o presidente Bayer na mesma entrevista. E porque será que as cooperativas não socorreram a Languiru neste momento? Simples: o modelo de gestão, a falta de transparência, a maquiagem dos dados e a centralização do poder não encorajam ninguém. E porque a Lactalis socorreu?

Simples também: porque ela ganhou o que sempre sonhou, coloca a mão nos produtores e avança no seu projeto de enfraquecer as cooperativas e dominar o mercado. Enquanto isso, Bayer usa de todos os seus “superpoderes” adquiridos nos últimos anos, quando aniquilou o Conselho Fiscal, enxovalhou o Conselho Administrativo e ludibria os associados, para emplacar suas fantasiosas idéias de salvar a Languiru, enquanto na verdade, esfacela um dos símbolos do cooperativismo gaúcho. É um duro golpe naquilo que é o esteio econômico e do desenvolvimento da região.


Vitrine para cidades e empreendimentos

A parceria entre o Grupo A Hora e o projeto 365 vezes no Vale atende as demandas da região em mostrar ao mundo as riquezas e potenciais do turismo. O 365 se tornou, em quatro anos, na maior plataforma de divulgação turística do Vale do Taquari, alçando milhões de pessoas estado afora e se consolida como vitrine aos municípios e empreendedores regionais.

O A Hora entra no projeto para dar ainda mais visibilidade ao trabalho, conectar a expertise comercial e de mercado e multiplicar a entrega do conteúdo nas plataformas do grupo. Municípios e empreendimentos privados estão desafiados a se divulgar e vender melhor suas riquezas e potenciais turísticos. Diante dessa demanda, o 365 e o Grupo A Hora, se apresentam como elo entre os municípios e pontos turísticos com os visitantes, no sentido de tornar cada vez mais conhecidos e visitados os espaços regionais.

O projeto 365 vezes no Vale foi idealizado pelo jornalista Fábio Kuhn e hoje alcança milhões de pessoas todos os meses com as publicações exclusivas, fruto da sua peregrinação pelos quatro cantos da região.


A vez e a voz da região alta

O mês de março é de novidades no Grupo A Hora. Está em fase final a instalação do estúdio da radio A Hora e do jornal A Hora em Encantado. A filial na cidade do Cristo Protetor será inaugurada no dia 27 e além da cidade anfitriã, atenderá todos os municípios da Amat.

O Grupo A Hora faz o movimento para ecoar de forma mais contundente as demandas da região alta para todo o estado. O A Hora se soma aos players de comunicação já existentes em Encantado e região para fortalecer o ecossistema de desenvolvimento e crescimento em curso naquela localidade.

Sede em Encantado: o antigo estúdio fotográfico da tradicional família Peretti é o local que abrigará o Grupo A Hora, na rua Júlio de Castilhos, bem no coração da cidade do Cristo Protetor. Crédito: Divulgação

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