Empreender é dar início a uma trajetória de muito trabalho. É o caso do Restaurante Planeta Terra, aberto ao público em 1994, quando começou a funcionar junto com o Shopping Lajeado. O restaurante hoje é administrado por Irilei Gonçalves, que iniciou sua jornada como churrasqueiro da casa, ainda no início dos anos 2000.
Natural de Nova Bréscia, Gonçalves, como é amplamente conhecido, cresceu em Lajeado. Aos 13 anos se mudou para Novo Hamburgo, onde iniciou sua carreira dentro de restaurantes do Vale dos Sinos e da Região Metropolitana. Tanto é que não demorou para abrir seu primeiro empreendimento na capital gaúcha, no ano de 1998. “Achei que eu conseguia administrar o negócio, mas não deu certo”, lembra.
Essa circunstância o levou para trabalhar em Eldorado do Sul. Lá, o então gestor convidou Gonçalves para atuar na cidade de Americana, em São Paulo. Ao mesmo tempo, recebeu uma oferta para trabalhar em Maceió (AL), que ele aceitou prontamente. Durante 15 dias trabalhou na casa, mas não foi efetivado. “Nunca me falaram o porquê. Eu tinha R$ 20 numa poupança da Caixa. Fui até a rodoviária e perguntei para onde eu conseguia ir com esse valor. Assim cheguei em Recife (PE)”, recorda.
Na capital pernambucana, Gonçalves foi acolhido, realizou cursos de gastronomia e adquiriu ainda mais bagagem culinária. À pedido da família, retornou para o Rio Grande do Sul em 2004. Depois de três anos, conheceu o Planeta Terra durante um almoço de domingo. Uma semana depois foi chamado para assumir como churrasqueiro da casa. “Depois de um tempo, a cozinheira se ausentou e eu fui convidado para ser ajudante. Mais tarde, a outra cozinheira também saiu e eu assumi”, lembra aos risos.
Essa parceria durou até 2015, quando Gonçalves deixou a casa e se tornou sócio de outro empreendimento. O resultado foi tão relevante, que em 2018, quando o Planeta Terra passou por uma significativa mudança, ele foi chamado para assumir a cozinha e se tornar sócio da operação que conhecia tão bem. “Meu pai é mestre de obras. Sempre achei que ia continuar o caminho dele. Nunca passou pela minha cabeça administrar o negócio. Eu nem sabia que tinha condições de fazer isso”, analisa.
No final de 2020, o sócio optou por sair e Gonçalves se tornou dono da marca e da operação. “Eu sou testemunha de que o trabalho faz a diferença. Não tinha nenhum capital. Foi questão de trabalho e conhecimento”, conclui Gonçalves, um exemplo do potencial transformador do espírito empreendedor de Lajeado.
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