Após pressão de pais de alunos, que ameaçaram levar o caso ao Ministério Público, a Secretaria Municipal de Educação confirmou o aumento de vagas no contraturno escolar na rede municipal. As aulas para as crianças que haviam ficado de fora da modalidade de atendimento iniciam hoje na Escola de Ensino Fundamental Guido Lermen, no bairro Centenário.
Desde o retorno do ano letivo na rede municipal de Lajeado, o contraturno tem sido questionado. A demanda crescente e a falta de turmas fez com que muitas famílias iniciassem o período sem ter com quem deixar os filhos enquanto estão no trabalho. Agora, com mais vagas, a tendência é de que a fila de espera diminua.
Segundo a secretária municipal de Educação, Adriana Vettorrello, serão mais 20 vagas na instituição do Centenário. Além disso, o governo projeta retomar o contraturno na Escola São Bento, com a abertura de duas novas turmas, que totalizam 40 vagas. “Para isso, dependemos da conclusão das obras no local, o que deve ocorrer em um mês”, salienta.
Também serão criadas duas novas turmas do Projeto Vida do bairro Conventos, que oferta atividades em turno integral para crianças. Neste caso, conforme Adriana, será necessária a contratação de mais profissionais para o atendimento aos alunos.
Modalidade
O contraturno escolar é uma modalidade onde as crianças passam um turno com aulas na escola e atividades recreativas no outro. Até a ampliação do projeto, eram 246 alunos matriculados entre a pré-escola e o segundo ano do ensino fundamental. O serviço é oferecido, além da Guido Lermen, nas escolas Alfredo Lopes da Silva (Morro 25), Santo André e Universitário.
A busca pelo atendimento estendido nas escolas aumenta a cada ano, seja no contraturno ou no Projeto Vida. Por isso, a prioridade do município tem sido atender as necessidades legais, que é o atendimento pedagógico necessário para cada faixa etária.
Reclamações constantes
Em fevereiro, reportagem do A Hora trouxe à tona as críticas de pais quanto às dificuldades de encaixarem os filhos no contraturno escolar. Relatos mostram famílias com situação financeira delicada sendo obrigadas a pagarem cuidadores e outras que não sabiam como proceder após o fim das férias do trabalho. O município esclareceu que buscava atender as necessidades legais e tentava aumentar a oferta de vagas.