“A peça mais importante na empresa é o ser humano”

O MEU NEGÓCIO

“A peça mais importante na empresa é o ser humano”

Diretor da Rota Indústria Gráfica detalha o crescimento e a consolidação do negócio, que atende clientes de diversas regiões do estado. Hoje, empresa é uma das maiores de Estrela em retorno de ICMS

“A peça mais importante na empresa é o ser humano”
Gráfica com sede em Estrela está entre as empresas com maior retorno em ICMS no município. Crédito: Mateus Souza
Lajeado

Há mais de 20 anos no mercado, a Rota Indústria Gráfica está entre as empresas com maior retorno em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no município. Com um amplo portfólio de atuação, se destaca nas soluções em embalagens para diversos segmentos e une inovação, tecnologia e qualidade.

A trajetória da empresa foi contada pelo diretor, Henrique Purper. Gestor com ampla bagagem nas entidades de classe de Estrela, ele participou de “O Meu Negócio”, programa multiplataforma do Grupo A Hora. Na conversa com Rogério Wink, também detalhou seus primeiros passos profissionais até chegar ao sucesso empresarial.

ASSISTA AQUI | O Meu Negócio recebe Henrique Purper, diretor da Rota Indústria Gráfica

Nascido em Lajeado, Purper cresceu no bairro São Bento, numa época em que predominavam as atividades rurais na localidade. Seu pai era funcionário público do município, sendo conhecido pelas atividades de jardinagem. “A história dos Purper na prefeitura começou com meu avô, que era tipo um secretário de Obras. Ele abria estradas na época”, recorda.

Enquanto o pai atuava no município, a mãe desenvolvia atividades nas propriedades dos vizinhos, assim como Purper e os irmãos. “Todos nós trabalhávamos com atividade agrícola. Era muito bom. Ganhávamos produtos de comer e isso ajudava no sustento. O trabalho era uma coisa óbvia para nós”.


ENTREVISTA | Henrique Purper – Diretor da Rota Indústria Gráfica

“Tive o privilégio de viver a idade da pedra e a era moderna nas gráficas

Rogério Wink: Como foi a tua formação?

Henrique Purper: Eu estudei até a quarta série na escola do bairro, que era bem pequena. Depois, tinha que vir a Lajeado. Estudei no Castelinho, aí na oitava série fui para o Fernandes Vieira estudar à noite, pois queria trabalhar de dia. O segundo grau fiz todo no Castelinho, também à noite. Conciliou com o meu primeiro emprego, que é a mesma atividade até hoje.

Wink: Você começou cedo a trabalhar. Quais foram tuas primeiras experiências?

Purper: Em 1977, comecei a trabalhar na Gráfica Cometa. E também trabalhei muito tempo de garçom no antigo Caiçara, onde hoje vai ser o LabiLá. A gráfica era do outro lado. Fiquei no restaurante até 1988, muito mais pela amizade com os proprietários. Era uma churrascaria mais simples, mas que era muito movimentada. E na gráfica segui ainda por mais tempo.

Wink: Trabalho para você sempre foi algo natural, desde cedo. Qual a importância disso?

Purper: Gosto muito de trabalhar. Quando pequeno, eramos entre sete irmãos, eu ajudava com atividade agrícola nos vizinhos. O pai dizia sempre que tem que estudar e aprender a trabalhar. Essas coisas fizeram com que sempre gostasse muito disso.

Wink: Como foi a experiência na Gráfica Cometa?

Purper: O proprietário pediu ao meu pai alguém para trabalhar na gráfica. Foi assim que consegui meu primeiro emprego. E gostei muito do ofício da gráfica. Ajudava a lavar matrizes offset nos primeiros dias. Era a única da região que tinha esse equipamento. Fui indo, aprendendo e, com a vontade de trabalhar e com meu jeito metido e curioso, logo já estava ajudando a imprimir. Isso em três meses. Por conta disso, levei muitos apelidos, de tudo quanto é nome. Me chamavam de “fifi” e “pantera cor de rosa” (risos).

Wink: E como nasceu a ideia de abrir a tua gráfica?

Purper: Em 2001, eu já estava completando 24 anos na Cometa. Passei por todas as fases da empresa e, na década de 1990, adquiri uma pequena parte do negócio. Mas decidi sair naquele momento. Estava com 38 anos, e eles tinham bastante sócios. São todas pessoas que me inspiraram e me ensinaram muito. Eu tinha propostas, todas fora da região. Mas então me desliguei e alguns colegas que trabalhavam comigo falaram de abrirmos a nossa própria empresa. Mas precisava de bastante dinheiro. Comprei máquinas com quatro cheques pré-datados.

Wink: Como foi a estruturação do negócio?

Purper: Em 30 dias, já estava sendo montada a empresa. Nosso foco inicial era a embalagem para atender somente a indústria. Se tinha a visão que era preciso fazer de tudo o que era impresso, mas pensamos nesse objetivo. Montamos tudo com esse propósito. Em 2002, vendemos a primeira embalagem, para a Tramontina. Era nosso cliente nos tempos de Cometa. Nós tínhamos as condições de chegar até eles, e eles acreditavam no nosso trabalho.

Wink: O que é necessário para chegar num padrão ideal? Qual o grande segredo da Rota?

Purper: É preciso conhecer, buscar muita informação dos avanços tecnológicos. Essas coisas têm que pegar. E também o que é importante: capacidade de imprimir. Nós temos investimentos muito altos na área de impressão. E eu tive o privilégio de viver a idade da pedra e a era moderna nas gráficas.

Wink: Qual o papel do time para fazer esse trabalho?

Purper: A peça mais importante é o ser humano. Fizemos o trabalho de investir em equipamentos e tecnologia, mas as pessoas têm que tocar, fazer acontecer. Sem uma pessoa qualificada, isso não acontece. E, desde o primeiro dia, sempre prezamos por atender muito a questão da agilidade, fazer e prometer o trabalho.

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