Em 2020, um ano de hiato entre minhas passagens pelo jornal, fui para Portugal em um intercâmbio de estudos. Morei em uma cidade pequena perto da serra, chamada Covilhã. Um município montanhoso, com bonitas paisagens e uma culinária de dar água na boca.
Talvez esse não fosse um ponto importante para a cidade em si, mas a gastronomia movimentava o lugar. Covilhã era moradia de muitos brasileiros e encontrei por lá mais de um cantinho especializado em coxinhas e pão de queijo.
Para quem queria experimentar os típicos ingredientes portugueses, o bacalhau com natas era encontrado nos estabelecimentos. Por ser uma cidade universitária, mesmo pequena, pessoas de muitos países se encontravam nas residências por ali. Muita cultura e muitos sabores se misturavam.
Em uma parte da viagem, pude conhecer também outras cidades como Coimbra, Porto, Lisboa. E outros países, como Espanha, França, Bélgica. Apesar das diferenças arquitetônicas, da língua falada, dos costumes, uma coisa era sempre encontrada por lá: pequenos ou grandes centros para degustar a comida típica, mas também os fast foods e pratos de países vizinhos.
A gastronomia se tornou um ponto turístico das cidades. Os visitantes buscam por qualidade mas, principalmente, por experiências. Hoje, esse mesmo movimento é percebido na região. A gente não precisa sair nem mesmo da cidade pra comer do bom e do melhor. E, claro, ter experiências.
No bairro Hidráulica, por exemplo, a diversidade nos faz viajar pelo mundo ao provar a culinária italiana, japonesa, os pratos à base de carne, o churrasco e o hambúrguer. Aqui, vemos essas vilas se criando também. De forma espontânea ou planejada, elas trazem novos visitantes ao município, movimentam a economia e trazem qualidade de vida e aventura aos moradores.
Ainda há muito espaço para a gastronomia na região, que pede por ideias, inovações e iniciativas para tornar essas vilas cada vez mais atrativas. A gente também pode ajudar. Que tal provar a diversidade que está aqui do nosso lado?