Seguir o caminho empreendedor leva a destinos diversos. No caso de Airton José Camini, foram diversos pontos do país, como Rio de Janeiro e Maranhão. Contudo, foi em Lajeado onde o sonho de ter o próprio negócio ganhou forma, no ano de 2003, quando deu largada a um dos restaurantes mais tradicionais da cidade: o Primus.
Natural de Nova Bréscia, Airton saiu de casa aos 13 anos para trabalhar na cidade de Lagoa Vermelha. A primeira oportunidade foi em uma churrascaria, onde se tornou garçom. “Um tempo depois, o dono vendeu o negócio e se mudou para o Rio de Janeiro. Ele me convidou para ir junto e eu aceitei”, recorda.
Airton chegou ao Rio com 17 anos. Tanto é que se alistou no Exército na cidade, o que estreitou o vínculo com a região. As circunstâncias o levaram para o Maranhão, onde conheceu Eliane, sua esposa. “Voltamos e ficamos um tempo em Porto Alegre, mas não foi como esperávamos. A decisão foi retornar para o Rio de Janeiro. Lá as condições eram melhores, onde trabalhamos por 5 anos na Churrascaria Estrela do Sul”, lembra.
Em 2002, Eliane engravidou do primeiro filho do casal. Foi quando decidiram retornar para o Rio Grande do Sul. O objetivo era investir e iniciar um negócio próprio. Por 3 meses eles ficaram na casa do pai de Airton, em Travesseiro. Contudo, ele tinha um primo que morava em Lajeado: Dornei Delazeri, da Casa Nostra. “Ele me deu uma força e mostrou que a cidade vinha se desenvolvendo. Achei que aqui seria um bom lugar e mais próximo dos meus pais. Tudo isso influenciou”, conta.
Para realizar o sonho de ter o próprio negócio, o casal decidiu usar as economias para comprar um pequeno e antigo restaurante localizado na Av. Benjamin Constant. Segundo Airton, na época a churrasqueira era manual e não havia como melhorar o buffet pela limitação do prédio. Porém, foram 12 anos de história naquele ponto. “Eu já tinha um pensamento que quando nos mudássemos iríamos melhorar o cardápio. Conseguimos realizar isso quando, há oito anos, fizemos o projeto e construímos nossa atual sede, na Rua Mário Cattoi”, explica.
Durante essa jornada, a esposa e os dois filhos atuaram diretamente na manutenção do negócio, que atende o público todos os dias, sempre durante o almoço. “Foram vários desafios. O importante é não parar e sempre almejar algo mais”, conclui Airton, alguém que realizou o sonho empreendedor a partir das oportunidades oferecidas por Lajeado.
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