Amolador e gaiteiro a simplicidade de uma grande alma

Opinião

Claiton Miranda

Claiton Miranda

Tradicionalista e apresentador do programa Fogo de Chão, da Rádio A Hora

Colunista

Amolador e gaiteiro a simplicidade de uma grande alma

 

Buenas!  Hoje a prosa é  sobre uma profissão mais que centenária, que alguns nem sabem que existiu, e que existe até hoje. Este personagem, que circula pelos bairros com seu apito, mesmo no meio das obras, trânsito e buzinas um som chama a atenção, pois é o amolador passando. Conheça Antonio Carlos Machado, 59 anos, que circula em cerca de dez bairros por mês na sua cidade, e que ainda hoje consegue sobreviver, como amolador de facas. Antônio diz que não é fácil, às vezes anda o dia todo e junta R$ 20,00.

Mas Antônio não se queixa, diz que consegue botar o pão na mesa, e que às vezes entre uma afiada ou outra ele também é gaiteiro.

Aos 8 anos, ganhou uma gaita   marca Veronese de sua mãe faltavam quatro teclas brancas e mesmo  assim Deus lhe deu o dom e o   talento que hoje tem, pra tocar pra  ver as pessoas felizes com suas canções.

Quem conhece e convive com o Antônio sabe de sua simplicidade e cuidado no tratar os amigos, e foi isto que o levou a um dia estar ao lado de um dos nossos maiores nomes da música gaúcha, Cesar Passarinho. Com a voz entrecortada pela saudade, ele diz que o César Passarinho lhe deixou órfão na música, e que a amizade que tinham sempre lhe emociona ao lembrar.

Antonio que Deus te proteja sempre e que nos dê outros Antonios e Passarinhos pra nos fazer felizes. Obrigado pela amizade.

 

 

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