O pai de todos

Opinião

Marcos Frank

Marcos Frank

Médico neurocirurgião

Colunista

O pai de todos

Um dos mistérios do Brasil é a importância que damos ao Estado, assim entendido como a entidade que nos governa, em qualquer instância. O brasileiro sempre reclama do Estado, mas se movimenta contra cada vez que alguém tenta passar para a iniciativa privada setores sob gestão do Estado que não funcionam como deveriam.

De onde se conclui que o brasileiro que se queixa do Estado não quer diminuir o tamanho do Estado na economia. Decerto, deve querer apenas aumentar sua eficiência. O brasileiro duvida do Estado, mas parece ter ainda mais dúvidas sobre o capital privado. E na dúvida fica com o primeiro.
Mas coloca no governo desse Estado a menos confiável de todas as criaturas segundo qualquer pesquisa, o político profissional. E depois se surpreende com o resultado obtido.

Os políticos, que de bobos não têm nada, aprenderam como passar a conversa nos brasileiros e manter sob seus tentáculos o Estado. O excepcional Renan Calheiros que o diga. Afinal ele descobriu uma fórmula que permite locupletar-se à direita e à esquerda. Um grupo promete modernizar o Estado. O outro promete dividir o estado mais igualitariamente. Um pretendia domesticar os 300 picaretas, o outro denunciava. Mas esse terceiro grupo político, vamos chamá-los de os trezentos picaretas, sempre se alinhou com qualquer governo que se instale.
Os resultados são bem conhecidos por todos os eleitores. O que muda é a reação de cada grupo quando é pilhado se apropriando do bem público.
E assim segue o baile.

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