Jornada do Cachorrão Carmelito e Beto se tornou parte da cultura de Lajeado

Lajeado Empreendedora

Jornada do Cachorrão Carmelito e Beto se tornou parte da cultura de Lajeado

Inaugurado em 1972, como um trailer em frente ao Castelinho, negócio cresceu e suas receitas se transformaram em referências gastronômicas da cidade

Jornada do Cachorrão Carmelito e Beto se tornou parte da cultura de Lajeado
Irmãos Carmelito e Beto Delwing iniciaram o negócio há mais de 50 anos. (FOTO: J. J. Silva)

Todo mundo que visita ou se muda para Lajeado recebe a mesma orientação: para conhecer a cidade, você precisa experimentar o Cachorrão Carmelito e Beto. Com 50 anos completos em dezembro de 2022, o restaurante se tornou parte da cultura gastronômica do município e um ponto de encontro. Porém, antes disso, é o sonho realizado de autonomia para os irmãos Carmelito e Beto Becker Delwing.

Natural de Estrela, Carmelito cresceu profissionalmente dentro do setor gastronômico. Durante os primeiros anos de sua jornada atuou na cozinha de um restaurante, quando ainda nem existia o formato buffet. Em 1967, recebeu o convite do seu cunhado para abrir um restaurante, o Caiçara, em Lajeado. Durante quatro anos, ele liderou toda a produção da casa e se tornou uma referência na área.

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O formato ligado muito ao consumo de empresas e indústrias em torno, que por vezes eram dispensados e não acertavam os valores em aberto, deixou alguns prejuízos. Por isso, Carmelito entendeu que era hora de mudar. “Uma das opções do restaurante era o pastel. Observei que os produtos eram pagos à vista e não era preciso correr atrás para acertar. Foi quando percebi que mudar era uma boa escolha”, recorda Carmelito.

Desta forma, Carmelito vendeu o negócio e investiu em um trailer para produzir lanches. Além disso, levou consigo o irmão Beto, na época com 17 anos. A ideia era comercializar pastéis, mas logo o cachorro quente entrou na esteira de produção. Afinal, naquele período o Colégio Presidente Castelo Branco era o único de toda a região que contava com aulas à noite. Isso fazia com que alunos de diversas cidades se dirigissem à instituição e criasse um intenso movimento para os negócios.

“Toda pessoa que tem alguma coisa teve que sacrificar alguma coisa na vida. A gente trabalhava umas 16 horas por dia”, lembra Beto. “Tinha vezes que eu tomava banho ali no rio (Taquari), quando nem havia barragem. Além disso, vínhamos e voltávamos de Estrela de bicicleta”, recorda Carmelito.

Durante 38 anos atenderam no trailer. Depois de tanto tempo, iniciaram o movimento de construir a estrutura que hoje atendem em frente à Praça da Matriz. Isso foi determinante para o crescimento e diversificação do negócio, como, por exemplo, a criação da Carmelito Alimentos, que fabrica e comercializa a exclusiva e celebrada maionese do Carmelito e Beto. Uma jornada empreendedora marcada para sempre na história e na cultura de Lajeado.

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