Na semana passada, a Gol Linhas Aéreas anunciou voos regulares e diretos de São Paulo para Passo Fundo. Com um detalhe importante: operado pela maior aeronave da frota, o Boeing 737-800 Max.
Durante 2022, ainda durante a retomada dos voos regulares em todo Brasil, a Azul anunciou uma série de novos voos regionais em todo o país. Desses, alguns espalhados pelo interior do nosso estado. O quão interessante e significativo é ter aviões voando pelo interior? Mostra que nosso estado está se desenvolvendo, após anos estagnado economicamente, gerando riqueza e que há mercado para ser explorado pelas companhias aéreas e pelas empresas das regiões que recebem este movimento.
Uma cultura muito comum espalhada pela Europa e Estados Unidos são os aeroportos regionais. Um país continental como o Brasil precisa utilizar esta ferramenta para ganhar tempo e escalar competitividade. Avião não é coisa de rico e muito menos luxo. Avião é otimizar tempo, diminuir despesa e até salvar vidas, ao transportar órgãos para transplantes ou mesmo pessoas quando precisam de socorro imediato.
Será que isso está em nosso radar? Ou nosso Vale está no radar de alguém? Estamos, sim, vendo investimentos pesados em nossa região. Coisa que sonhávamos há muito tempo e agora parece que as coisas finalmente começam a deslanchar. Mas não bastam somente estradas, ruas, pontes e viadutos.
Um futuro promissor passa por pulverizar e diversificar nossos modais. Já tínhamos um porto muito mais utilizado, que ensaia movimentos ainda tímidos de retomada. Nossa ferrovia não usa 10% de sua capacidade e os trens já nem chegam mais até Estrela. O aeródromo de Estrela está sim no radar, mas de concreto não vemos nada no horizonte.
Falamos diariamente sobre o turismo se tornar um nova e importante matriz econômica aqui no Vale. Há transformações acontecendo, sim. Mas não podemos nos contentar com pouco. Precisamos destravar diversas áreas que ainda não são exploradas. O Vale comporta um aeroporto? Não tenho dúvidas que já passou da hora de pensarmos nisso como mais um projeto regional.
Um aeroporto conecta uma região por inteiro. Ganhamos em competitividade extrema. Exportação direta, geramos empregos com mão de obra qualificada para operar um aeroporto com carga e passageiros. Atraímos empresas de tecnologia e desenvolvemos o turismo de forma exponencial. É sonhar alto sim, eu sei. Mas os aviões que voam alto, vão mais longe e com mais segurança.
Rapidinhas:
– Cristo Protetor tem data para inaugurar o complexo. Será no final de novembro deste ano;
– O Parque Histórico de Lajeado clama por atenção. Um patrimônio que merece um olhar mais carinhoso;
– Trem dos Vales vem aí.
