Registro de Imóveis de Lajeado e seu papel no desenvolvimento econômico da cidade

Lajeado Empreendedora

Registro de Imóveis de Lajeado e seu papel no desenvolvimento econômico da cidade

Fundado em 1894, cartório busca trazer segurança jurídica e proporcionar que todas as pessoas envolvidas tenham dignidade neste processo

Registro de Imóveis de Lajeado e seu papel no desenvolvimento econômico da cidade
Juliana Follmer é a primeira mulher a liderar o Registro de Imóveis de Lajeado em mais de um século de história. (Foto: J. J. Silva)

Empreender é uma iniciativa pessoal, mas que muitas vezes depende de processos coletivos. Esse é o caso do Registro de Imóveis, que em Lajeado se confunde com a história da própria cidade. Afinal, sua fundação data de 10 de março de 1894, apenas três anos depois da emancipação do município. Seu primeiro oficial foi Francisco Oscar Karnal, prefeito da cidade no início do século 20.

Na época, a realidade do município era bem diferente. Majoritariamente rural, o Registro de Imóveis foi essencial no processo de crescimento e desenvolvimento do mercado imobiliário da cidade. Num cenário onde os cartórios dispõem de diversas serventias, o Registro de Imóveis é responsável por todas as transferências dos bens imóveis. “No Direito, a propriedade se transmite mediante ao registro no Registro de Imóveis. Você pode ter a escritura, mas o proprietário é aquele que consta no registro”, explica Juliana Follmer, nome à frente do cartório.

No decorrer desta história centenária, muita coisa mudou. Com o processo emancipatório dos anos 1980 e 1990, a Comarca de Lajeado também se tornou responsável pelos municípios de Canudos do Vale, Forquetinha, Marques de Souza, Progresso, Santa Clara do Sul e Sério. Outra mudança significativa, foi a obrigação do concurso público para ingresso como registrador de imóvel a partir da Constituição de 1988 – o que acabou com a tradição da transferência por herança. E foi este movimento que acabou por inspirar Juliana a perseguir o sonho de se tornar registradora.

Profissional do Direito, Juliana começou a estudar Direito Registral e Notarial em 1994. Em 2003, quando já lecionava cadeiras na área do Direito Civil, na Univates, iniciou os estudos para concursos. “Eu prestei 17 concursos. No início, não passei. Depois, alcancei aprovações. Chegou um ponto em que os colegas começaram a brincar, tipo ‘bah, em que posição ficou a Juliana?’, recorda.

No ano de 2006, assumiu como registradora civil em Manaus, no Amazonas. Uma realidade completamente diferente para quem nasceu em Panambi e cresceu em Teutônia. Ao lado do marido e de uma filha pequena, Juliana desenvolveu um trabalho desenvolvido que lhe rendeu o título de cidadã amazonense. Em 2018, após passar em novo concurso, conseguiu retornar para o Vale, onde assumiu o Registro de Imóveis de Lajeado.

“Quando voltei, vi o quanto a cidade cresceu. E nisso está nossa responsabilidade: colaborar para que o crescimento seja ordenado, com segurança jurídica e todas as pessoas envolvidas tenham dignidade neste processo”, conclui. Um exemplo da forma como o cartório tem colaborado com a jornada empreendedora de Lajeado há mais de um século.

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