A executiva municipal do Partido Democrático Trabalhista (PDT) vai debater a expulsão de Roberto Salton, único representante da sigla na Câmara de Vereadores de Encantado. A insatisfação se deve a postura do vereador, que se licenciou do cargo por motivos de saúde, mas compareceu na sessão desta segunda-feira, 7.
Na ausência de Salton e recusa do primeiro suplente do partido, Gustavo Radaelli, a vaga seria de Edegar Bizarro, que é presidente do partido na cidade. Entretanto, antes da sessão ordinária de segunda-feira, 6, o vereador foi até a câmara.
“Eu tinha um atestado de 10 dias e voltei no décimo primeiro. Não posso ficar fora mais do que o período do atestado médico. É algo bem simples”, justifica o vereador que foi eleito com 338 votos em 2020. Roberto afirmou estar tranquilo com a situação e criticou a falta de espaço nas decisões tomadas pelo PDT em Encantado.
“Situação constrangedora”, diz Edegar Bizarro
Segundo suplente do partido, Edegar Bizarro afirma que havia organizado projetos a serem apresentados na sessão e que não sabe qual o documento ou artifício utilizado por Salton para que o setor jurídico da câmara aprovasse o seu retorno. “Como nunca havia assumido uma cadeira na câmara, foi constrangedor. Fiquei feliz pelo apoio dos vereadores que viram a situação”, descreve. Bizarro explica que soube do impasse por volta das 18h, minutos antes do início da sessão.
Ele confirmou reuniões para definir o futuro de Roberto na sigla. A relação conturbada de Salton e os demais integrantes do PDT de Encantado ocorre há mais tempo. O apoio do vereador ao candidato para deputado estadual, Eduardo Loureiro também revoltou a executiva do partido, que apostou na candidatura de José Odair Scorsatto. A sigla reprova ainda críticas feitas por ele em relação ao trabalho da Secretária de Saúde.