A sequência de tremores que atingiu o centro da Turquia e o noroeste da Síria na madrugada da última segunda-feira, 6, são os maiores na região desde 1939. Foram registrados 7,8 graus na escala Richter – que mede a magnitude de terremotos. O maior terremoto no mundo foi na cidade de Valdívia, no Chile, de 9,6.
Em entrevista ao programa O Vale em Pauta, da Rádio A Hora 102.9, na manhã desta terça-feira, 7, a professora da Univates, Josilene Manfroi detalha como acontecem terremotos e por que o Brasil não os sente. Ela é graduada em ciências biológicas e em geografia. Possui mestrado em geologia e doutorado em ciências ambientais. Natural de Lajeado, ela reside no Chile há 1 ano para desenvolver uma tese de pós-doutorado junto ao Instituto Antártico Chileno.
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A Turquia fica sobre três placas tectônicas. A central foi formada pelas outras duas mais jovens. Foi esta a placa que tremeu. Conforme ela, a região é considerada crítica, com muitas bordas de placas tectônicas. No entanto, não treme tanto quando o Chile. O país treme o tempo todo, e registra cerca de 20 abalos por dia. A professora explica que no país da América do Sul existe um sistema nacional de segurança e infraestrutura urbana contra terremotos. Por isso, o país está preparado para fenômenos como os ocorridos na Síria e Turquia.
E o Brasil?
O Brasil não tem grandes abalos sísmicos porque está situado no centro de uma placa tectônica – a Sul-Americana –, e os maiores ocorrerem nas bordas.
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