Empreender é compreender demandas do mercado e entregar soluções. A descrição técnica é correta, mas não traduz de forma precisa outra importante verdade: empreender é melhorar a vida de outras pessoas. No caso da Cia da Esteira, tradicional empresa de Lajeado dedicada à tecnologia, produtos e serviços voltados ao condicionamento físico. Liderada por Rodrigo Herrmann, o negócio começou, antes de tudo, como uma forma de colaborar com a saúde das pessoas do Vale do Taquari.
Natural de Lajeado, filho de pai ferreiro e mãe dona de casa, ele sempre viu a necessidade de estar inserido no mercado de trabalho. Tanto é que o primeiro emprego foi na oficina de um vizinho. Nesta época, o interesse pela área de manutenção já o seduzia. Tanto é que o primeiro trabalho formal veio aos 17 anos, quando recebeu a oportunidade de atuar na área de manutenção de uma empresa que mantinha uma linha fitness de bicicletas. Depois, atuou como servente de pedreiro e promotor de vendas. Porém, foi no emprego seguinte que sua trajetória empreendedora foi iniciada.
Durante cerca de seis anos, ele trabalhou na Scania. No segundo ano, um conhecido pediu para que Herrmann fizesse a manutenção de uma das esteiras. O resultado rendeu indicações, o que logo geraria uma demanda muito maior do que o esperado. “Eu realizava o serviço em uma peça na ferraria do meu pai. Saía da empresa e ia trabalhar nos concertos, sem hora para terminar. No inverno, houve ocasiões que meu pai me colocava para dentro de casa para poder me aquecer”, lembra.
O crescimento lhe convenceu que havia um mercado para investir. Desta forma, ele iniciou sua empresa em 2007. Como as academias conheciam seu trabalho, crescer era inevitável. Contudo, havia novos desafios, como o de administrar o negócio. “Gerir uma empresa é totalmente diferente. Fiz cursos no Sebrae, contei com apoio da minha segunda mãe, Helena Borghetti, que me deu lições financeiras essenciais para a condução do trabalho”, recorda Herrmann.
Depois de um período, a Cia da Esteira se mudou para um espaço de 80 metros quadrados, no Americano. Contudo, havia espaço para crescer. Principalmente com a nova demanda trazida pelos próprios clientes: comercializar aparelhos fitness. Isso foi determinante para que há seis anos eles se mudassem para o atual endereço, na Av. Benjamin Constant. “A linha fitness vem numa crescente. As pessoas perceberam a fragilidade da vida. Nosso segmento pode ajudar as pessoas. É só elas terem boa vontade e quererem ajudar a si mesmas. Nós facilitamos esse processo”, conclui o empreendedor.
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