O preço dos ovos no estado aumentou em média 40% em 12 meses. No período, a dúzia da variedade branca passou de R$ 4,00 para R$ 5,50, e a da vermelha, de R$ 4,33 para R$ 5,83. Os dados são da Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS). Entre os motivos, aumento nos custos de produção e maior demanda do mercado global.
Com casos de gripe aviária nos Estados Unidos, mais de 50 milhões de aves morreram. A redução do plantel também refletiu na oferta de ovos ao mercado. Com menor disponibilidade, o reflexo recai no aumento de preço. Se para o consumidor é algo que compromete ainda mais o poder de compra, os criadores ampliam expectativas para aliviar custos.
Há inclusive a perspectiva de oportunidades para o setor no Vale do Taquari. Se por um lado a condição sanitária do Brasil favorece a exportação de carne de frango e ovos, o alerta emitido pela Argentina também gera preocupação.
Desde dezembro do ano passado o país vizinho recebeu mais de 40 denúncias de casos suspeitos de gripe aviária. Até o momento nenhuma confirmação. Ainda assim, é necessário ficar atento diante de surtos na América do Norte e a dispersão de aves selvagens por meio de rotas migratórias.
Suinocultura pede socorro
Reunião com equipe do governo gaúcho busca alternativas para o equilíbrio econômico na criação de suínos. A dificuldade do setor exposta pela cooperativa Languiru e ratificada pela Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) considera três aspectos. Os representantes do segmento buscam a isenção da alíquota de ICMS sobre as vendas interestaduais de suínos vivos; compensação do ICMS sobre a compra de milho de outros estados; e isenção da alíquota de ICMS sobre a compra de óleo de soja degomado utilizado para a alimentação dos suínos.
Selo de qualidade ao leite
Agregar valor e criar um selo de qualidade para o leite produzido no Vale do Taquari. Essa é a proposta do deputado estadual Sidnei Eckert (MDB). Em reunião com o secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, apresentou a ideia para valorizar a produção local e inovar no segmento para enfrentar dificuldades como altos custos e baixa valorização do produto. Dados divulgados pela Emater/RS mostram que a região perdeu mais de 2,3 mil produtores em seis anos. O número impressiona e expõe a necessidade de maior atenção ao segmento.
Multa por desperdício de água
A cada dia o cenário da estiagem se agrava. Ainda ontem Bom Retiro do Sul também entrou na lista das cidades em situação de emergência. Os levantamentos preliminares na região indicam perdas superiores a R$ 160 milhões. Outra preocupação é com o abastecimento de água. A escassez faz os municípios endurecerem regras sobre o uso dos recursos hídricos.
Em Venâncio Aires a administração definiu multas que variam de R$ 658 a R$ 6,5 mil para quem for flagrado em atividades de desperdício de água. Outra cidade da região com decreto de racionamento é Progresso. O documento emitido esta semana prevê a interrupção do fornecimento a quem desrespeitar as regras emergenciais.
Piscicultores recebem qualificação
A Emater/RS-Ascar promoveu na localidade de Arroio Grande, em Arroio do Meio, uma oficina sobre processamento de pescado. Voltada às famílias de piscicultores do município, a atividade teve o objetivo de promover a inclusão do peixe na alimentação, ampliar as informações a respeito do preparo e enfatizar todas as etapas do processo. O encontrou ainda teve o propósito de alinhar datas para eventos de comercialização de peixe e novas etapas de treinamento.