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Os números, segundo a Oncologista do CRON, Dr. Camila Dagostim Jeremias, são um alerta para que as mulheres não abram mão de saber mais sobre a doença e de cuidar da saúde. “Nos países desenvolvidos, a incidência de câncer de colo do útero vem caindo. No entanto, a quantidade de mulheres diagnosticadas com a doença ainda é alta e alarmante nos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos, especialmente devido à precariedade de acesso aos serviços de saúde e exames preventivos”, destaca.
Fatores de riscos
O principal fator de risco é a infecção persistente por alguns tipos oncogênicos do Papilomavírus Humano (HPV). Conforme a Dr. Camila, a infecção genital pelo HPV é muito frequente e, na maioria dos casos, assintomática e autolimitada. “Mas, em alguns casos, pode haver persistência do vírus nas células de revestimento do colo do útero e alterações celulares que podem progredir para o desenvolvimento do câncer”, alerta.
Os HPVs são transmitidos sexualmente e o risco de infecção é maior em quem inicia a vida sexual precocemente e mantém relações sexuais sem preservativo. “Infecções que cursem com imunodepressão, especialmente infecção pelo HIV, e tabagismo também representam fatores de risco para o desenvolvimento da doença.”
Principais sintomas:
– Secreção vaginal;
– Corrimento ou sangramento vaginal incomum;
– Sangramento vaginal fora do período menstrual;
– Sangramento ou dor durante a relação sexual.
Estes sintomas não significam que você tenha o câncer de colo do útero, mas alertam para a necessidade de buscar orientação médica.
Avanços nos tratamentos
Os tratamentos da doença incluem desde procedimentos pouco invasivos até cirurgias para a remoção do colo de útero, quimioterapia, radioterapia ou braquiterapia. A oncologista do CRON, no entanto, salienta os inúmeros avanços em relação aos tratamentos, especialmente da doença em suas fases mais avançadas.
“Sobretudo com o desenvolvimento de medicações antiangiogênicas, isto é, que impedem a formação de novos vasos sanguíneos para o crescimento do tumor, e agentes imunoterápicos, que permitem que o sistema imunológico reconheça a doença e elimine as células tumorais. Além disso, houve avanço e aprimoramento das técnicas de radioterapia, permitindo tratamentos com menos efeitos adversos”, esclarece.
Importância da vacinação
– A principal forma de proteção contra o câncer de colo do útero é evitar a contaminação pelo HPV. Por isso, o uso de preservativos (camisinha masculina ou feminina) durante as relações sexuais é fundamental.
– Além disso, desde 2014, existe a recomendação da vacina contra o HPV. Ela está disponível na rede pública e privada de saúde, e é recomendada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, em duas doses.
– Existe, também, a recomendação para vacinação em pessoas portadoras de HIV e indivíduos transplantados, entre 9 e 26 anos, com administração de três doses.
Como diagnosticar o HPV?
No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 25 e 64 anos realizem o rastreamento do câncer de colo do útero por meio do Exame de Papanicolau. Conforme a Dr. Camila, ele permite a identificação de lesões pequenas e ainda assintomáticas, detectando alterações pré-cancerosas causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV), obtendo uma amostra com células do colo do útero por meio de uma leve “raspagem”. Estima-se que o HPV seja responsável pelo câncer de colo do útero em cerca de 99% dos casos.
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