Modo usual de ser e fazer = hábito

Opinião

Ivanor Dannebrock

Ivanor Dannebrock

Gestor Educacional e Integrante da Equipe Dale Carnegie

Modo usual de ser e fazer = hábito

O ser humano, desde o nascimento, adquire hábitos, resultado do que fazemos e repetimos. Adquirimos hábitos que nos auxiliam no desenvolvimento do “meu Eu”, assim como desenvolvemos outros, que se incorporam de tal maneira em nosso cotidiano que não os percebemos mais, mas nosso cérebro não distingue aqueles que são bons, daqueles que são maus. O estudo dos hábitos é algo bem recente no meio acadêmico, se imaginarmos uma linha de tempo histórica.

Baseado no livro O Poder do Hábito, vimos que insistir no estudo e implementação de hábitos positivos nas organizações é um dos investimentos que hoje traz benefícios interessantes. Podemos dizer que o precursor desse sistema foi Paul O´Neill quando assumiu o comando da Alcoa, EUA, em 1987. Ele mirou nos hábitos dos funcionários, que por sua vez, na história corporativa, se tornaram os hábitos de instituições bem-sucedidas.

No seu discurso de posse, não prometeu alavancar lucros e nem baixar os custos, muito menos criticou os impostos ou mirou na área comercial, o que deixou os investidores atordoados. Apenas fez uma fala breve enfatizando que sua meta era trabalhar para chegar no índice zero de acidentes no trabalho. O’Neill trabalhou incessantemente na sua principal meta e, um ano após, os lucros da Alcoa atingiram lucros recordes.

Focando nos hábitos angulares, ele conseguiu iniciar o processo que transformou tudo, desde fazer que a empresa tivesse uma das ações de melhor desempenho no índice Dow Jones, até se tornar uma das empresas mais seguras da terra para trabalhar, conseguindo que seu foco, a “segurança”, fosse reconhecido por executivos, sindicatos e funcionários. Ele conseguiu unir as pessoas com seu propósito.

Mais um exemplo que mostra claramente que a reorganização faz com que a recompensa se torne realidade, e podendo se criar na empresa uma conexão total entre os atores do organograma. Na verdade formaram-se novos hábitos corporativos, mostrando, com resultados claros, que mudanças na rotina podem fazer muita diferença.

E por que nós, via de regra, e tantas empresas, lutam contra a implementação de mudanças na nossa rotina? E foram os mesmos hábitos angulares que fizeram, depois de muito estudo e treino repetitivo por anos, que Michael Phelps fosse um campeão olímpico dos mais proeminentes. Indico o livro O Poder do Hábito, de Charles Duhigg, que me inspirou para escrever o artigo, e serve igualmente para quem quer aprofundar o tema.

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