Em dezembro de 2022, a Dália Alimentos criou um novo cargo no organograma da cooperativa. Agora, assim como ocorre no Conselho de Administração, a empresa passa a ter um vice-presidente Executivo, que tem a responsabilidade de auxiliar a presidência nos negócios. Quem assumiu a função foi Igor Weingartner, que também acumula a gerência da Divisão Comercial Carnes e Derivados.
Conforme o presidente-executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, a decisão surgiu pela necessidade decorrente do crescimento que, por sua vez, aumentou o nível de complexidade da Dália. “Cada divisão vem nos exigindo mais atenção. Porém, resta pouco tempo para estender o olhar para a realidade externa do contexto econômico das cadeias produtivas e suas implicações”, afirma. Além de auxiliar o gestor nas tarefas diárias, o vice-presidente é a preparação de nova liderança para o futuro da cooperativa, a exemplo do que ocorre nas diversas divisões e no quadro social.
Há 15 anos na cooperativa
Weingartner é graduado em Administração de Empresas, com habilitação em Comércio Exterior e possui MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O jovem ingressou na cooperativa em 8 de outubro de 2007 como supervisor de vendas e, na época, teve como chefe, professor e mentor o seu pai, Paulo Weingartner.
“Entrei na Dália para substituir um supervisor e após dois anos fui convidado pela direção para trocar de setor. Foi, então, que surgiu a migração para a Divisão Produção Agropecuária (DPA), em um primeiro momento, como uma fase de ‘teste’, mas passados seis meses fui efetivado como gerente da divisão, onde permaneci por dez anos”.
Em 2021, ele retornou para a área comercial, mas para substituir seu pai, que exerceu a função de gerente da Divisão Comercial de Carnes e Derivados. “Essa experiência tem sido muito boa, sem mencionar a honra ocupar a função exercida pelo meu pai durante anos. Tenho aprendido muito e enfrentado grandes desafios.”
Planos de ação
Em relação às expectativas da nova função, o vice-presidente Executivo projeta implementar planos de ação de forma mais rápida e aproximar a área comercial das indústrias. “Desde que ingressei na cooperativa aprendi muito sobre os negócios da agropecuária e os desafios da produção animal. Essa experiência me fez entender que o mercado se move rapidamente e as empresas precisam ser rápidas nos diagnósticos e eficientes na implantação das mudanças.”
Custos de produção recordes
O novo gestor também destacou os altos custos de produção, que batem recordes. A saca de milho está em cerca de R$ 100. Já o farelo de soja teve picos de R$ 2,7 mil a tonelada. Weingartner destaca que não é possível repassar esses custos no produto final, pois o consumidor tem pouco poder de compra. “Não conseguimos comercializar nossos produtos com os preços necessários para cobrir os custos. Vivemos um momento onde os produtores do mundo inteiro estão perdendo dinheiro, assim como as indústrias e, por isso, aguardamos mudanças no mercado”, aposta.
LEGENDA:
Igor Weingartner projeta implementar planos de ação de forma mais rápida e aproximar área comercial das indústrias
crédito: Kástenes R. Casali/divulgação