A vocação da família Degasperi no empreendedorismo reflete na evolução dos negócios e incentiva novas gerações. Da produção de frutas e verduras no interior de Marques de Souza a unidades conceito com diferentes produtos de hortifrúti, padaria e açougue. Assim se traduz o novo momento para as marcas Santo Nono e Empório Florestal.
Com lojas em Estrela e Lajeado, Paulo Degasperi tem o apoio da esposa Carmen e dos filhos Giovani e Gustavo para a gestão dos empreendimentos. A reformulação dos negócios inclui maior disponibilidade de produtos e serviços na área de alimentos. A partir do novo modelo implementado, oferecem também refeições prontas.
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O plano de atualização da marca iniciada em Estrela também se aplica ao estabelecimento no bairro Florestal, em Lajeado. Mesmo com a modernização, a família não abre mão da tradição no atendimento personalizado. Esse novo momento da empresa foi compartilhado esta semana durante o programa “O Meu Negócio”. Apresentado por Rogério Wink, a atração multiplataforma do Grupo A Hora destacou a transformação dos negócios da família desde o período em que moravam em Picada Serra.
Os princípios ensinados por Paulo aos filhos asseguram a sucessão familiar no empreendimento. Sob novas perspectivas de mercado, a integração das gerações permite aliar a experiência nos negócios e a força de vontade pela inovação e tecnologia por melhores resultados.
ENTREVISTA – Paulo e Giovani Degasperi • diretores da Casa Santo Nono e Empório Florestal
“Saímos do básico para apresentar um novo conceito de loja”
Rogério Wink – O que estimulou a família Degasperi com o empreendedorismo?
Paulo Degasperi – Isso está um pouco nas características dos italianos. Temos essa proximidade com o comércio. Nosso pai que foi a grande inspiração. Ele começou com o cultivo de frutas para vender às margens da BR-386 e mais tarde em feiras em Marques de Souza. O nono sempre buscou oferecer algo a mais com a esperança de dias melhores.
O ingresso no mundo dos negócios tem relação com a família?
Giovani Degasperi – Desde jovem fui estimulado. Nos almoços em família se falava de negócios e se discutia preços de produtos. Ao fim do Ensino Médio comecei a trabalhar na empresa. Um mês em cada departamento para ter a experiência em todos os setores. Nesse período percebi maior habilidade no contato com os clientes e gestão. Hoje, atuo na área de compras.
Como é a experiência de fazer as compras na Ceasa?
Paulo – São mais de 30 anos com essa rotina. Hoje, faço com muita tranquilidade. É um pouco sofrido pois preciso sair de madrugada, muito cedo para ter um produto fresco na loja. Ao mesmo tempo é algo legal e gratificante. O convívio em meio aos produtores me fez ter maior conhecimento de quem entrega mais qualidade. Muitos destes itens são produzidos na Serra, outros vem de São Paulo e também há produtos importados do Chile.
De que forma é feito o controle de qualidade nas lojas da família Degasperi?
Paulo – Temos sistema automatizado para controle de tudo. Dessa forma conseguimos trazer números do ano passado para projetar a necessidade de agora. Esses indicadores facilitam e reduzem perdas. Em paralelo, temos uma gestão bem estruturada. Nós participamos muito de cada processo e atendimento ao cliente.
Como surgiu a primeira loja e qual foi a estratégia para abrir unidade em Estrela?
Paulo – Primeiro abrimos em Lajeado e depois surgiu a oportunidade de ampliar. Na época se comprava o ponto, trocamos três vezes de endereço e hoje contamos com sede própria. Para poder expandir procuramos inspiração em outros estabelecimentos, fomos até São Paulo para buscar um formato ideal. Também contratamos um grupo de arquitetos para planejar a nova loja de Estrela, que apresenta um novo conceito ao público consumidor.
Qual o maior desafio ao alterar uma marca tradicional para Santo Nono?
Paulo – A ideia surgiu em homenagem ao meu pai Leonildo. Ele sempre foi muito correto e nossa inspiração. Embora houvesse o medo de como o público iria reagir com a mudança, ocorreu tudo muito bem. A comunidade de Estrela sempre nos acolheu de forma muito carismática e faz parte do nosso cotidiano. Agora temos mais espaço, ampliamos o mix de produtos e buscamos sempre inovar. Saímos do básico para apresentar um novo conceito.
Alguma tendência de ampliar e abrir novas unidades com o conceito das lojas de bairro?
Giovani – Foram feitas mudanças na loja em Lajeado e muitas outras ideias serão colocadas em prática. Para o próximo ano avaliamos oferecer também o serviço de buffet no bairro Florestal. Reforçamos nossas estratégias em ofertas e o formato a granel também permitiu entregar produtos de qualidade com menor preço.
